Nas movimentadas ruas de Londres, a vida de uma criadora de conteúdo de 28 anos mudou drasticamente quando o que parecia ser apenas cansaço rotineiro revelou-se como linfoma de Hodgkin em estágio 4. A história de Georgie Swallow destaca a importância de reconhecer os sintomas iniciais do câncer, que ela ignorou por cerca de um ano e meio.
A descoberta aconteceu após um episódio de gripe, quando Georgie notou um caroço do tamanho de um pêssego em seu pescoço enquanto estava no trabalho. “Mesmo assim, eu não fiquei muito preocupada, porque nunca considerei, nem por um momento, que poderia haver algo sério comigo, ingenuamente”, contou ela.
Durante o período pré-diagnóstico, Georgie apresentou três sintomas principais que ignorou constantemente. O primeiro foi uma coceira persistente nas pernas, tão intensa que ela se arranhava até machucar a pele. Apesar de procurar ajuda médica, a condição foi inicialmente atribuída a estresse, alergias ou urticária, mas nenhum tratamento mostrou resultados eficazes.
O segundo sintoma foram os suores noturnos, que ocorreram junto à perda de peso inexplicável. O terceiro foi uma fadiga extrema, acompanhada por resfriados e episódios de gripe frequentes. “Durante esse tempo, eu estava perdendo peso, tendo suores noturnos, constantemente exausta e com uma sequência interminável de resfriados e gripes, mas achava que estava apenas me desgastando por estar sempre ocupada”, explicou ela.
Agora, aos 32 anos, Georgie enfrenta desafios adicionais além do câncer. O tratamento desencadeou uma menopausa precoce, experiência que ela descreve como se tivesse sido “atropelada por um caminhão”. Este desenvolvimento inesperado trouxe dificuldades únicas, especialmente considerando sua pouca idade. “O câncer pode tirar muito de você, mas perder minha fertilidade antes de ter a chance de ter filhos foi difícil”, compartilhou ela.
A solidão de enfrentar a menopausa aos 28 anos foi especialmente desafiadora. “A menopausa em qualquer idade pode ser difícil, mas, aos 28 anos, eu não tinha ninguém da minha idade com quem conversar sobre isso”, disse Georgie. “Nenhum dos meus amigos entendia o que eu estava passando e, por mais que fossem solidários, é difícil confortar e se relacionar com algo que você não compreende.”
Especialistas médicos apontam que os sintomas do linfoma podem ser sutis e facilmente confundidos com outras condições, o que frequentemente leva a um diagnóstico tardio. Como Georgie destacou: “Você pode ignorar os sintomas facilmente, achando que são causados por outras coisas.”
Atualmente, Georgie dedica-se a aumentar a conscientização pública sobre os sintomas do linfoma e os impactos na saúde mental causados pela menopausa precoce. Sua experiência reforça a importância de prestar atenção a mudanças persistentes na saúde, mesmo quando parecem menores ou facilmente atribuídas a fatores do dia a dia.
A combinação do tratamento contra o câncer e da menopausa precoce impactou tanto seu bem-estar físico quanto mental, levando-a a compartilhar sua história de forma aberta. Por meio de seu trabalho de advocacy, ela busca ajudar outras pessoas a reconhecerem sinais de alerta do linfoma e entenderem os impactos mais amplos do tratamento do câncer em jovens adultos.