Mulher que só come carne, ovos e manteiga há 4 anos revela impacto chocante no corpo

por Lucas Rabello
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Imagine cortar totalmente frutas, vegetais, grãos e qualquer alimento que não seja de origem animal. Parece radical? Para Rachel Ashby, uma mãe de quatro filhos da Nova Zelândia, essa é a realidade há quatro anos. Aos 41 anos, ela adotou a polêmica dieta carnívora — um plano alimentar que elimina todos os vegetais e prioriza carne, ovos e manteiga. Segundo Rachel, a mudança transformou sua saúde, mas especialistas alertam: essa abordagem pode trazer riscos.

Tudo começou quando Rachel, após anos de dificuldade para perder peso, assistiu a um vídeo do médico Shawn Baker, defensor da dieta carnívora. Ele afirma que o método pode reverter doenças crônicas, autoimunes e até melhorar a saúde mental. Intrigada, Rachel decidiu testar. Hoje, seu cardápio diário gira em torno de 5.000 calorias, todas provenientes de produtos animais.

No café da manhã, ela consome 10 ovos fritos em uma generosa porção de manteiga, temperados com sal. No almoço, come asas de frango, e no jantar, dois ou três bifes de costela. “Como gordura até ela parar de ter sabor. É quando sei que meu corpo está satisfeito”, explica. Rachel também revela que três de seus quatro filhos adotam a dieta esporadicamente. “Eles decidem quando querem seguir e sempre notam melhorias na saúde”, conta.

Rachel Ashby afirma que a dieta carnívora transformou completamente sua vida (PA Real Life).

Rachel Ashby afirma que a dieta carnívora transformou completamente sua vida (PA Real Life).

Resultados versus alertas médicos

Rachel atribui à dieta carnívora a perda de 25 kg e o ganho de massa muscular. Ela afirma que nunca se sente faminta e que, ao contrário de dietas restritivas tradicionais, não precisa controlar porções. Além disso, expandiu o estilo de vida para produtos de beleza, usando sebo bovino (gordura animal) como hidratante, e compartilha seu dia a dia no TikTok — muitas vezes com provocações a veganos.

Porém, a dieta carnívora não é apoiada por entidades de saúde. Os médicos recomendam uma alimentação balanceada, com pelo menos cinco porções diárias de frutas e vegetais, fibras, laticínios e proteínas variadas. O excesso de carne vermelha, em particular, está ligado a maiores chances de câncer intestinal. A Cancer Research UK orienta limitar o consumo a 70g por dia — o equivalente a meio bife. Rachel, porém, consome até três bifes diariamente.

O café da manhã dela consiste em 10 ovos (PA Real Life).

O café da manhã dela consiste em 10 ovos (PA Real Life).

Um debate que vai além do prato

Enquanto Rachel defende os benefícios da dieta, especialistas questionam a ausência de nutrientes essenciais, como vitaminas C e fibras, encontradas apenas em vegetais. A longo prazo, a falta desses componentes pode levar a deficiências nutricionais, problemas digestivos e aumento do colesterol. Ainda assim, Rachel mantém sua rotina e desafia críticas. “Antes, eu ignorava os sinais de fome do meu corpo. Agora, como até me satisfazer”, diz.

Seus vídeos no TikTok, onde mostra refeições e debates sobre o tema, geram milhares de visualizações e reações polarizadas. Para alguns, ela é exemplo de disciplina; para outros, um caso de risco desnecessário. Enquanto a discussão continua, Rachel segue firme: “Minha saúde nunca esteve melhor”.

A história dela levanta uma questão: até que ponto dietas radicais são sustentáveis? A resposta pode variar conforme o corpo, mas uma coisa é certa — o debate entre entusiastas e médicos está longe de acabar.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.

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