Em um trágico incidente que abalou os moradores de um condomínio em São Paulo, uma viagem rotineira de elevador se tornou fatal para Adriana Maria de Jesus, de 45 anos. O ocorrido, no dia 9 de outubro, levantou sérias questões sobre a manutenção de elevadores e os padrões de segurança em prédios mais antigos.
Imagens de segurança capturaram os momentos angustiantes em que Adriana entrou no elevador com dois outros homens. Após um deles fechar a porta deslizante, ela apertou um botão para descer. De repente, no quinto andar, o elevador perdeu o controle e despencou em alta velocidade. O vídeo mostra Adriana levantando as mãos em terror enquanto o elevador cai, antes de desaparecer em uma nuvem de fumaça ao impactar o solo.
Gildelio Alves do Santos, marido de Adriana e porteiro do prédio, testemunhou o acidente se desenrolar em seu monitor de segurança. “Eu assisti à tela do monitor e vi minha esposa subindo e tudo estava normal,” ele relatou. “Quando desceu, fiquei horrorizado.”
Os dois homens que estavam no elevador com Adriana sobreviveram e receberam tratamento para seus ferimentos. Tragicamente, Adriana sofreu ferimentos graves e faleceu no hospital dias depois.
O incidente destacou a idade e a condição do elevador, que, segundo relatos locais, é a instalação original de quando o prédio foi construído, há 60 anos. Essa revelação gerou preocupações sobre a manutenção e modernização da infraestrutura envelhecida em edifícios residenciais pela cidade.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou que o caso está sendo investigado como morte suspeita. Um porta-voz declarou: “Estamos buscando evidências e ouvindo testemunhas para esclarecer os fatos.” No entanto, veículos de mídia locais relataram que a investigação teve pouco progresso nos dois meses desde que o acidente ocorreu.
A Atlas Schindler, empresa responsável pela manutenção do elevador, afirmou que está cooperando com a investigação policial. Eles também teriam instado os proprietários do prédio a atualizar o sistema de elevadores.
A tragédia deixou Gildelio lidando com a perda repentina de sua esposa. O casal havia se reunido após 28 anos separados, tendo sido namorados de infância. “Nos reencontramos e tivemos a chance de viver esse amor de infância por seis anos,” compartilhou Gildelio, refletindo sobre seu relacionamento reacendido.
À medida que a investigação continua, este incidente serve como um lembrete contundente dos potenciais perigos ocultos na infraestrutura envelhecida. Ele ressalta a necessidade de inspeções regulares, manutenção e atualizações dos sistemas de elevadores, especialmente em prédios mais antigos. O caso também gerou discussões sobre as responsabilidades dos proprietários dos edifícios, das empresas de manutenção e das autoridades locais em garantir a segurança de moradores e visitantes em estruturas de múltiplos andares.