Em uma estranha reviravolta, uma mulher de 29 anos chamada Hyejeong Shin foi acusada de usar documentos falsos do governo para se matricular no ensino médio.
Shin, originalmente da Coreia do Sul, mudou-se para os Estados Unidos quando tinha 16 anos e acabou se formando na Rutgers University em 2019. No entanto, ela lutou para se conectar com novos amigos nos anos que se seguiram. Isso a levou à decisão de se matricular na New Brunswick High School, em Nova Jersey, usando uma certidão de nascimento falsa.
O advogado de Shin agora está argumentando que suas intenções não eram maliciosas, mas sim, ela estava sozinha e ansiava por voltar aos seus dias com amigos na escola. Em um movimento que lembra o filme Nunca fui beijada, Shin esperava encontrar “um lugar seguro e acolhedor e um ambiente que ela olhasse para trás com carinho”.
Infelizmente para Shin, seu plano desmoronou depois de apenas quatro dias de aulas. Foi durante reuniões com orientadores que sua verdadeira identidade foi descoberta. Ela foi posteriormente presa em janeiro e se declarou inocente da acusação de fornecer um documento falso do governo. Desde então, Shin solicitou um programa de intervenção pré-julgamento, o que poderia levar à rejeição de sua acusação.
Os alunos que falaram com Shin durante seu breve período na escola foram aconselhados a não fazer nenhum contato com ela. As autoridades afirmam que Shin trocou números de telefone com alguns alunos que a ajudaram a navegar na escola e continuou a enviar mensagens de texto mesmo depois que ela foi pega.
O incidente, compreensivelmente, levantou preocupações entre pais e alunos locais. Aubrey Johnson, superintendente do Distrito Escolar Público de New Brunswick, confirmou que o distrito revisaria seu processo de inscrição para detectar melhor documentações falsas no futuro.
Curiosamente, a lei estadual de Nova Jersey exige que as escolas “matriculem imediatamente crianças desacompanhadas, mesmo na ausência de registros normalmente exigidos para a matrícula”. No entanto, um distrito pode solicitar registros e documentos para verificar a idade do aluno em uma data posterior. Essa brecha pode ter facilitado inadvertidamente a tentativa de Shin de voltar ao ensino médio.
Com a data do julgamento marcada para maio, o curioso caso de Hyejeong Shin serve como um lembrete de até onde as pessoas podem ir em busca de companheirismo e um sentimento de pertencimento. Embora suas ações sejam certamente incomuns, elas destacam a importância das conexões sociais e os desafios que muitas pessoas enfrentam ao tentar construir novos relacionamentos em ambientes desconhecidos.