No Brasil, a questão de voltar os relógios para o horário de verão tem sido manchete. Uma decisão que parecia simples agora está enredada em debates, estudos e até mesmo uma enquete no Twitter conduzida pelo Presidente Lula.
Tudo começou em 1931, quando o então Presidente Getúlio Vargas decidiu aproveitar a luz solar extra durante os meses mais quentes. A ideia era economizar energia, um conceito que não era nem brasileiro nem moderno. Remonta ao polímata americano Benjamin Franklin em 1784 e foi empregada pela primeira vez pela Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial.
Mas o tempo avança, e assim fez a abordagem do Brasil ao horário de verão. Após uma pausa, ele retornou nos anos 1980, apenas para ser cancelado novamente em 2019 durante a administração de Jair Bolsonaro. Agora, sob o Presidente Lula, o conceito está sendo reavaliado mais uma vez.
Então, qual é o empecilho? O Ministério de Minas e Energia tem debatido ativamente o retorno do horário de verão este ano. Empreendedores estão manifestando seus pedidos, e o ministério está avaliando todos os cenários possíveis. A ênfase está na segurança energética e na qualidade dos serviços oferecidos à população.
Curiosamente, o estudo do ano passado realizado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) concluiu que o horário de verão não trazia benefícios operacionais, segundo o Uol. Com o aumento da micro e mini geração distribuída, o período de pico mudou para a noite. O retorno do período de pico poderia ser aliviado com a adoção da política, mas tudo depende dos estudos em andamento e das condições do Sistema Interligado Nacional.
Em um mundo de smartphones e tecnologia eficiente em termos energéticos, a relevância das economias de energia através do horário de verão diminuiu. No entanto, o Presidente Lula não está tomando a decisão de ânimo leve. Em novembro de 2022, ele recorreu ao Twitter, realizando uma enquete que recebeu mais de 2 milhões de interações. A maioria, 66,8% dos seguidores, votou pelo retorno da medida de horário de verão.
Mas a palavra final ainda está por vir. A decisão do governo será baseada em análises, diálogos com empresas e agentes do setor, e, claro, a opinião do público.
À medida que o primeiro fim de semana de outubro se aproxima, tradicionalmente o começo do horário de verão no Brasil, a nação espera por uma decisão que afetará não só seus relógios, mas refletirá um equilíbrio delicado entre passado e presente, eficiência e cultura.
