Em uma manhã comum de setembro na cidade de Nova York, o motorista de ônibus da MTA, Luis Jimenez, estava seguindo seu percurso habitual quando notou algo incomum — uma pequena figura caminhando sozinha na calçada, a cerca de dez quarteirões da escola mais próxima.
A solitária caminhante era Adaline Gonzalez, de 5 anos, que havia embarcado em uma aventura não autoqrizada. Naquela manhã, o peixinho de Adaline havia morrido e, em vez de ir à escola, ela decidiu resolver a situação por conta própria, indo a uma loja de animais para encontrar um novo companheiro aquático.
Jimenez, que havia pensado em ligar para o trabalho dizendo estar doente naquele dia, observou a situação por cerca de um quarteirão antes de agir. “Meu instinto de pai entrou em ação. Se vejo uma criança na rua precisando de ajuda, gostaria que alguém ajudasse um dos meus filhos ou netos”, ele disse aos repórteres locais.
Com a ajuda de seus passageiros, um dos quais ligou para o 911, Jimenez conseguiu levar Adaline em segurança para dentro do ônibus. A polícia chegou logo depois e garantiu o retorno seguro da menina à sua preocupada família.
A história teve uma reviravolta inesperada quando Adaline e Jimenez se reencontraram após o incidente. Durante a reunião, a jovem expressou sua gratidão com uma simplicidade tocante: “Obrigada, Luis, por ser meu herói e salvar minha vida.” Sua família presenteou Jimenez com um boné do New York Jets com as palavras ‘Herói da Addy’, e a dupla até compartilhou uma dança improvisada.
“Me fez sentir tão bem. Meu coração estava acelerado. Eu não podia esperar para conhecê-la e a seus pais”, disse Jimenez durante o reencontro.
A história se completou quando Adaline finalmente realizou seu desejo — um novo peixinho de estimação. Em um gesto que não surpreendeu ninguém, ela escolheu nomeá-lo em homenagem ao motorista de ônibus que a ajudou naquele dia. “Decidi dar ao meu novo peixe o nome de Luis. Eu estava animada e feliz, e foi perfeito”, ela disse.
As ações de Jimenez estão alinhadas com o protocolo de segurança da MTA, como ele explicou: “Temos um ditado na MTA, ‘se você ver algo, diga algo.’ Bem, comigo, eu farei algo.”
Este incidente marcou a primeira vez que Adaline deixou a escola sem permissão, e seus pais confirmaram que ela não tinha histórico anterior de comportamento semelhante. A missão solo da jovem à loja de animais, embora preocupante, terminou em segurança graças ao atento motorista de ônibus que escolheu trabalhar naquele dia, apesar de se sentir indisposto.