Steve, um caminhoneiro de 56 anos de Yorkshire, no Reino Unido, nunca imaginou que o sol pudesse envelhecer seu rosto de forma tão desigual. Durante três décadas, ele passou seis dias por semana ao volante, com o lado direito do rosto constantemente exposto aos raios ultravioleta. Sem usar protetor solar ou hidratante, sua pele foi afetada de maneira drástica — e a diferença entre os dois lados do seu rosto chamou a atenção até de profissionais.
Tudo começou quando Steve notou rugas profundas e linhas marcantes apenas no lado direito do rosto. “Eu olhava no espelho e puxava a pele perto do olho, pensando: ‘Estou ficando velho'”, contou ao jornal Mirror. Por anos, ele atribuiu os sinais ao envelhecimento natural, até se lembrar de uma foto que viu em um jornal: a imagem ultravioleta de um motorista de caminhão mostrava danos severos do sol apenas em um lado do rosto. Foi quando percebeu que sua história poderia ser a mesma.
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O sol atingiu o lado direito do rosto dele por 30 anos.
A confirmação veio após uma consulta com a médica estética Dra. Hannah Higgins, que identificou não apenas os danos superficiais, mas também nas camadas mais profundas da pele. “O sol não só danificou a superfície, mas fez com que o lado direito do rosto afundasse levemente”, explicou a especialista. Além disso, Steve foi diagnosticado com rosácea, condição que causa vermelhidão, e apresentava eritema, manchas senis e excesso de oleosidade — todos agravados pela exposição solar sem proteção.
A assimetria no rosto de Steve surpreendeu até a Dra. Higgins. “Já vi pacientes com linhas assimétricas, geralmente por dormirem sempre do mesmo lado, mas o caso dele foi o mais marcante que já encontrei”, disse. A combinação de décadas de radiação UV, vento e até o calor dentro da cabine do caminhão acelerou o envelhecimento de forma incomum.
O tratamento incluiu um ritual diário com produtos médicos e protetor solar FPS 50, seguido de preenchimentos dérmicos para suavizar as rugas. Hoje, Steve não economiza conselhos: “Diria a todos para usarem protetor, estejam na cabine ou ao ar livre”.
O caso revela um detalhe pouco conhecido: vidros de veículos bloqueiam raios UVB (responsáveis por queimaduras), mas não os UVA, que penetram mais profundamente na pele e causam envelhecimento precoce. Para motoristas como Steve, que passam horas no trânsito, a exposição acumulativa é um risco invisível. A recomendação de especialistas é clara: protetor solar de amplo espectro (contra UVA e UVB) deve ser aplicado todos os dias, mesmo em dias nublados ou dentro de ambientes fechados com janelas.
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A atitude de Steve em relação ao protetor solar certamente mudou.
A história de Steve também alerta para a importância do diagnóstico precoce. A rosácea, por exemplo, pode ser controlada com cuidados específicos, mas requer atenção para não se agravar. Já os sinais de fotoenvelhecimento, como manchas e perda de elasticidade, são cumulativos — ou seja, os efeitos de uma vida inteira sob o sol podem surgir apenas décadas depois.
Enquanto se adapta à nova rotina de skincare, Steve admite que se arrepende de não ter começado antes. “Nunca imaginei que um simples hábito, como passar protetor, faria tanta diferença”, refletiu. Sua experiência é um exemplo extremo — porém real — de como a prevenção pode ser a chave para manter a saúde da pele, independentemente da profissão ou do clima.
Para quem acha que o sol dentro do carro é inofensivo, a resposta está bem estampada no rosto de Steve: proteção nunca é demais.