Em um hospital de uma pequena cidade em Northamptonshire, na Inglaterra, uma visita rotineira se transformou em um pesadelo para a família Longster. Chloe Longster, de treze anos, chegou ao Kettering General Hospital em 28 de novembro de 2022, reclamando de dores severas nas costelas e sintomas semelhantes a um resfriado. O que se seguiu foi uma série de falhas de comunicação e oportunidades perdidas que acabariam em tragédia.
Louise Longster, mãe de Chloe, relatou a experiência angustiante durante uma recente investigação no Tribunal do Coroner de Northampton. “Chloe estava em uma dor insuportável”, explicou Louise. “Ela se contorcia e pedia para ser sedada só para escapar da dor.”
Conforme as horas passavam no departamento de emergência, Louise se sentia cada vez mais frustrada com o que percebia como uma falta de urgência por parte da equipe médica. “Eu me sentia como se fosse um incômodo”, admitiu. “Como se eles achassem que eu estava apenas sendo dramática sobre a condição da minha filha.”
A situação piorou depois que Chloe foi admitida na ala pediátrica. Louise descreveu uma cena de ansiedade crescente à medida que a medicação para a dor de sua filha era constantemente atrasada. “Estávamos sempre correndo atrás da dor dela, nunca conseguindo controlá-la”, disse ela. “Chloe ficava constantemente olhando para o relógio, sabendo exatamente quando sua próxima dose seria.”
Talvez o momento mais arrepiante tenha sido quando Chloe, pálida e suada, se virou para sua mãe e perguntou: “Eu vou morrer?” É uma pergunta que nenhum pai quer ouvir, muito menos ter confirmada da pior maneira possível.
O Dr. Marwan Gamaleldin, que tratou Chloe várias vezes antes de sua transferência para a ala pediátrica, afirmou que acreditava que ela estava sofrendo de uma infecção no peito. Ele afirmou que Chloe não apresentava os sinais típicos de sepse, como uma alta contagem de glóbulos brancos ou febre, o que influenciou seu diagnóstico e plano de tratamento.
“Eu não pensei que Chloe tivesse sepse naquele momento”, explicou o Dr. Gamaleldin durante a investigação. “Há outras medidas que eu teria tomado se suspeitasse de sepse.”
O caso levantou questões sobre os desafios de diagnosticar sepse, uma condição potencialmente fatal que pode ser difícil de identificar nos estágios iniciais. Também destacou a importância de ouvir os pacientes e suas famílias, que muitas vezes têm insights cruciais sobre as mudanças na condição de uma pessoa.
Enquanto a investigação continua, a família Longster lida com a perda devastadora de sua filha. Eles acreditam que a morte de Chloe era evitável, um sentimento que adiciona uma camada extra de angústia ao seu luto.
A comunidade médica certamente estará acompanhando este caso de perto, pois seu desfecho pode ter implicações sobre como os hospitais lidam com situações similares no futuro.