Marcha atlética nas Olimpíadas 2024 gera polêmica

por Lucas Rabello
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Os Jogos Olímpicos de 2024 estão a todo vapor, com previsão de término em 11 de agosto. Como em muitas edições anteriores, já surgiram algumas controvérsias. Um incidente recente que chamou a atenção foi a luta de boxe em 1º de agosto entre Angela Carini, da Itália, e Imane Khelif, da Argélia.

A participação de Khelif levantou suspeitas devido à sua desqualificação no Campeonato Mundial de Boxe do ano passado por altos níveis de testosterona. No entanto, ela ainda foi autorizada a competir nos Jogos Olímpicos. A luta foi inesperadamente breve, durando apenas 46 segundos antes de Carini desistir, supostamente devido a um nariz quebrado que sofreu nesse curto período.

Afastando-se do boxe, outra controvérsia surgiu na prova de marcha atlética masculina de 20 km. Alguns espectadores acusaram os participantes de trapaça, provocando debates sobre as rigorosas regras que governam este evento.

A World Athletics, entidade que rege os eventos de atletismo, explica as regras da marcha atlética: “Durante a marcha atlética de 20 km, os atletas devem ter um pé em contato com o chão o tempo todo. A falha em fazer isso é conhecida como ‘lifting’. Além disso, a perna que avança deve se endireitar a partir do ponto em que toca o chão até passar sob o corpo – isso diferencia a modalidade da corrida.”

No entanto, imagens em câmera lenta da prova levaram alguns espectadores a questionar se essas regras estavam sendo seguidas. Nessas imagens, parece que alguns atletas tinham ambos os pés fora do chão simultaneamente em certos momentos.

While watching the men’s 20km walk, I noticed that every single walker is “cheating”. Is there a large amount of leeway in the sport?
byu/Surferma4 inolympics

Essa observação gerou discussões acaloradas nas redes sociais. Um usuário do Reddit compartilhou um clipe da prova e perguntou: “Enquanto assistia à marcha atlética masculina de 20 km, percebi que todos os marchadores estão ‘trapaceando’. Existe uma margem de manobra grande nesse esporte?”

A postagem gerou várias respostas. Um usuário comentou: “Estou assistindo isso agora e não faz NENHUM SENTIDO. Eles estão literalmente correndo.” Outro sugeriu, em tom de brincadeira: “A marcha atlética olímpica deveria ser renomeada para corrida estranha.”

Uma perspectiva diferente foi oferecida por aqueles mais familiarizados com as regras do esporte. Eles argumentaram que as regras devem ser julgadas a olho nu, e não por meio de análise em vídeo em câmera lenta. Como um usuário explicou: “Tem que ser discernível a olho nu, não em um vídeo desacelerado. É legal ter ambos os pés fora do chão dentro dessa margem muito estreita.”

À medida que os Jogos Olímpicos continuam, é provável que mais discussões e debates surjam em torno de vários esportes e suas regras. Essas conversas, embora às vezes contenciosas, muitas vezes levam a uma compreensão e apreciação mais profundas das complexidades dos eventos olímpicos e das habilidades incríveis dos atletas que participam deles.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.