Restos mumificados de dezenas de antigos homens, mulheres e crianças egípcios foram encontrados em um túmulo recém-descoberto no sudeste do Egito, ao lado de artefatos, suprimentos funerários e uma estátua híbrida pássaro-humana, datada do final do período faraônico greco-romano entre 332 aC. e 395 aC.

De acordo com o Ministério de Antiguidades do Egito, a tumba foi cortada na rocha e escondida atrás de um muro de pedra com corpos de crianças e adultos encontrados em várias câmaras. Escadas rodeadas em parte por blocos esculpidos levaram a uma câmara contendo materiais funerários, enquanto a entrada foi fechada por um muro de pedra que havia sido erguido sobre as escadas, disse Mostafa Waziri, Secretário Geral do Conselho Supremo de Antiguidades. Mais de 30 múmias foram encontradas na sala principal, incluindo várias crianças, com outras duas múmias em uma sala ao lado (possivelmente uma mãe e uma criança) e outras quatro múmias encontradas em uma estrutura ao lado de jarros contendo comida.

Os pesquisadores também encontraram partes de um caixão de madeira pintado que inclui invocações para vários deuses egípcios associados com a inundação do Nilo, que ajudou a espalhar ricos nutrientes que tornaram a terra fértil e era celebrada pelos egípcios como um feriado anual.

Dentro de uma câmara lateral, os pesquisadores descobriram vários vasos e objetos usados em procedimentos funerários, incluindo uma maca feita de madeira de palmeira e linho que teria sido usada para transportar múmias para a tumba. Na entrada da sala, vasos com betume foram descobertos ao lado de cartonagem, um tecido que era “belamente colorido” e usado frequentemente em práticas funerárias. Um caixão redondo foi escavado diretamente no chão de pedra, com fragmentos de madeira pintada indicando que ele pode ter pertencido a uma pessoa chamada Tjit.

Máscaras funerárias pintadas de ouro foram descobertas, assim como cartonagem branca que estava “pronta para ser pintada”.

Talvez o mais interessante tenha sido a descoberta de uma estatueta meio humana que representa a “alma do falecido”, segundo a pesquisadora Patrizia Piacentini.
Sua equipe mapeou com sucesso cerca de 300 tumbas no local do Mausoléu de Aga Khan, em Aswan, no Nilo, com 25 apenas nos últimos quatro anos.