Camilla Chapman, uma mãe de quatro filhos do Reino Unido, recebeu um diagnóstico que mudou sua vida para sempre: câncer de estômago em estágio quatro, com metástase para o fígado, pulmões e linfonodos. Aos 40 anos, ela foi informada pelos médicos de que restavam apenas alguns meses de vida. A história dela, marcada por sintomas inicialmente ignorados, serve de alerta para a importância de prestar atenção aos sinais do corpo.
Tudo começou em março do ano passado, quando Camilla passou a sentir dificuldade para engolir. Na época, ela seguia uma dieta de baixa caloria e atribuiu o problema aos hábitos alimentares. “Eu ignorava, pensando que era porque não estava me alimentando direito. Cheguei a achar que meu corpo estava acostumado apenas a líquidos”, contou ao The Independent. Mesmo quando alimentos macios, como panquecas, ficavam presos em sua garganta, ela não suspeitou de algo grave.

Camilla tem documentado sua jornada contra o câncer nas redes sociais (TikTok:camilla.chapman)
Três meses depois, um caroço apareceu em sua mandíbula. Camilla procurou um médico, mas não mencionou a dificuldade para engolir. O ultrassom realizado na região não detectou anormalidades, dando uma falsa sensação de segurança. Só em janeiro deste ano, uma intuição a levou de volta ao consultório. Exames de sangue, endoscopia e biópsias revelaram a presença de um tumor agressivo no estômago, já espalhado para outros órgãos. O diagnóstico veio tarde demais para intervenções cirúrgicas.

A mãe diz que quer ver seus filhos crescerem (TikTok/camilla.chapman).
Os médicos ofereceram apenas quimioterapia paliativa, com 50% de chance de retardar o avanço da doença. Mas o tratamento traria efeitos colaterais debilitantes. “Não quero me tornar uma mãe doente. Recuso-me a aceitar que essa é a minha realidade”, declarou Camilla, que decidiu buscar alternativas no exterior. Ela encontrou uma clínica especializada em terapias experimentais, mas os custos são altíssimos. Até o momento, uma campanha de financiamento coletivo arrecadou mais de £31 mil (cerca de R$ 215 mil), com o objetivo de alcançar £100 mil.

A mãe está buscando medicação alternativa no exterior (Facebook/Camilla Chapman).
Enquanto luta por mais tempo ao lado dos filhos — de 3, 5, 6 e 8 anos —, Camilla faz um apelo: “Não subestimem sintomas, por menores que pareçam”. O câncer de estômago, segundo a Sociedade Americana de Câncer, pode se manifestar através de sinais como perda de apetite, dor abdominal, azia, náusea, vômito, inchaço, fadiga e sensação de saciedade rápida. Dificuldade para engolir, como no caso dela, também está entre os indicativos.
A britânica, que é dona de um negócio na área de educação infantil, mantém a determinação de desafiar o prognóstico. “Tenho que vencer isso. Vou vencer”, afirma. Sua maior motivação são os filhos: “Não consigo imaginar não estar aqui para vê-los crescer… Isso não é uma opção”. Enquanto busca tratamentos além das fronteiras do sistema de saúde britânico, Camilla carrega uma mensagem clara: a detecção precoce pode ser a diferença entre a vida e a morte. Sua história reforça a necessidade de ouvir o corpo e buscar ajuda médica diante de qualquer alteração persistente.