Nas exuberantes e verdes selvas do Panamá, um mistério intrigante se desenrolou em 2014 que ainda cativa a imaginação do público. Kris Kremers, de 21 anos, e Lisanne Froon, de 22 anos, duas amigas holandesas aventureiras, desapareceram sem deixar rastros durante o que deveria ser uma empolgante caminhada perto do vulcão Baru em Boquete, Panamá. O desaparecimento delas em 1º de abril de 2014 desencadeou uma conversa global e gerou inúmeras teorias sobre o destino das duas.
Durante meses, as jovens planejaram meticulosamente sua excursão pela selva, antecipando ansiosamente as maravilhas naturais que encontrariam. No entanto, seus sonhos de exploração se transformaram em um pesadelo que assombra suas famílias e intriga investigadores há anos. O caso teve uma reviravolta inesperada quando uma mochila contendo seus pertences foi descoberta às margens do rio Culebra, oferecendo um vislumbre de esperança por respostas.
Dentro da mochila, os investigadores encontraram os celulares das mulheres, uma câmera, dinheiro e itens de vestuário. A descoberta dos celulares revelou um detalhe assustador: as duas amigas fizeram impressionantes 77 chamadas para os serviços de emergência nos dias seguintes ao desaparecimento. Tragicamente, nenhum desses desesperados pedidos de ajuda teve sucesso. Esta informação pintou um quadro angustiante de sua provação, enquanto provavelmente se encontravam perdidas e cada vez mais desesperadas no terreno implacável da selva.
A câmera encontrada na mochila adicionou outra camada de intriga ao caso. Uma série de fotografias, algumas tiradas quase na completa escuridão, ofereciam pistas tentadoras, mas, em última análise, inconclusivas. Algumas imagens mostravam os pertences das mulheres cuidadosamente dispostos sobre rochas, enquanto outra capturava a parte de trás da cabeça de Kremers. Essas imagens enigmáticas alimentaram especulações intermináveis sobre os últimos dias das mulheres e as circunstâncias de seu desaparecimento.
À medida que a investigação avançava, uma descoberta sombria foi feita mais tarde naquele ano, quando fragmentos de ossos pertencentes a ambas as mulheres foram encontrados. Curiosamente, enquanto os restos de Froon pareciam ter se decomposto naturalmente, os ossos de Kremers tinham uma aparência branqueada de maneira anormal. Este detalhe intrigante gerou várias teorias sobre o que poderia ter ocorrido na selva.
Os autores holandeses Marja West e Jürgen Snoeren afirmam ter resolvido o mistério em seu livro “Lost in The Jungle”. West declarou: “Nossa conclusão teve que ser que foi um acidente. Levou um bom tempo para chegarmos lá.” Ela explicou os desafios enfrentados pelos investigadores, dizendo: “A polícia foi inundada por dicas, cada uma tinha que ser verificada, fazendo-os perder um tempo valioso. Tornou-se um trabalho infernal.”
Apesar das alegações dos autores e de anos de investigação, nenhuma causa oficial de morte foi determinada devido à falta de evidências conclusivas. O caso permanece aberto, com teorias variando de um trágico acidente a explicações mais sinistras envolvendo crimes.
Com o passar do tempo, a selva pode guardar seus segredos, mas a memória dessas duas jovens e as circunstâncias de seu desaparecimento continuam a nos cativar e a nos deixar perplexos.