Mulher é diagnosticada com câncer raro de um em três milhões após sintomas serem confundidos com ansiedade

por Lucas Rabello
3,5K visualizações

Quando Madi, de 20 anos, começou a sentir um cansaço extremo em 2021, sua mãe, Nicola Foster, sabia que algo estava errado. A jogadora de rúgbi, antes fisicamente ativa de Stafford, Inglaterra, estava de repente sem fôlego e sem energia. Mal sabiam elas que isso era o início de uma jornada angustiante que levaria a um diagnóstico chocante de câncer e a uma luta pela vida de Madi.

O Longo Caminho até o Diagnóstico

Nicola, preocupada com a saúde de sua filha, procurou ajuda médica. No entanto, o diagnóstico inicial estava longe da verdade. “Ela foi diagnosticada com ansiedade e depressão”, Nicola lembrou. “Eles queriam colocá-la em antidepressivos.” Apesar das queixas de Madi sobre dores nas costas, os médicos descartaram como uma simples infecção urinária.

Com o passar do tempo, a condição de Madi piorou. Em junho de 2023, ela ficou gravemente doente, suando profusamente e com dores nas costas debilitantes. Mais uma vez, os médicos a diagnosticaram erroneamente, desta vez com uma infecção renal. Só quando Nicola chamou uma ambulância e Madi foi levada às pressas para o Hospital de Stafford que a verdade finalmente veio à tona.

Um consultor descobriu uma grande massa em um ultrassom, revelando um tumor de 15 cm envolto ao redor do baço de Madi. Testes adicionais confirmaram o pior: Madi tinha carcinoma adrenocortical, um câncer raro das glândulas suprarrenais. Com chances de um em três milhões para alguém da sua idade, o diagnóstico de Madi foi tão chocante quanto raro.

Uma Montanha-Russa de Esperança e Desespero

Em setembro de 2023, Madi passou por uma cirurgia para remover o enorme tumor de 2 kg. Inicialmente, havia esperança, pois o câncer não havia se espalhado. No entanto, surgiram complicações, e Madi entrou em choque séptico. “Fomos informados de que era altamente provável que ela não sobrevivesse”, explicou Nicola. “Ela precisou ter o coração reiniciado três vezes naquela noite. Estava em falência múltipla de órgãos.”

Milagrosamente, Madi se recuperou após duas semanas e voltou para casa depois de quatro. Mas a batalha estava longe de terminar. Um exame de acompanhamento em fevereiro de 2024 revelou uma notícia devastadora: o câncer havia retornado e se espalhado para o abdômen e o fígado. Os médicos deram um prognóstico sombrio: “Ela tinha de 15 a 18 meses de vida.”

Esperança do Outro Lado do Oceano

Recusando-se a desistir, os pais de Madi descobriram o National Institutes of Health em Maryland através de um grupo no Facebook. Médicos dos EUA ofereceram uma tábua de salvação, dizendo que “queriam fazer tudo o que pudessem para salvar a vida de Madi.”

Uma arrecadação de fundos para o tratamento de Madi levantou impressionantes £45.000 (cerca de R$ 320.000) em apenas dois dias, permitindo que a família viajasse para os Estados Unidos para o tratamento. Em 19 de agosto de 2024, Madi passou por sua primeira cirurgia nos EUA, com mais planejadas para as próximas semanas.

Apesar dos desafios, Madi permanece incrivelmente positiva. “Ela tem uma atitude tão positiva. Nunca chorou. Não deixou que isso a abalasse”, afirmou orgulhosamente Nicola. A própria Madi vê isso como uma oportunidade de crescimento, dizendo: “Isso nos deu esperança novamente, quando pensávamos que não havia nenhuma. Meu plano é me recuperar através do tratamento que estão oferecendo no NIH e seguir para estudar medicina, particularmente oncologia, e ajudar outras pessoas, pois eu mesma passei pelo câncer.”

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.