Uma jovem de 17 anos morreu no último domingo, dia 1º de junho, em Itapecerica da Serra, região metropolitana de São Paulo, após uma grave intoxicação alimentar. O alimento suspeito de causar a tragédia foi um bolo de pote recebido em sua casa.
Os problemas de saúde da adolescente começaram após ela consumir o bolo. Ela chegou a receber atendimento médico quando os primeiros sintomas surgiram. Os profissionais de saúde a avaliaram e decidiram dar alta, permitindo que ela voltasse para casa. Infelizmente, seu estado piorou e ela acabou falecendo no dia seguinte, segunda-feira, dia 2.
O bolo de pote tinha chegado ao endereço da jovem no sábado, dia 31 de maio. O pacote não estava sozinho. Junto com ele, havia um bilhete com uma mensagem que chamou atenção: “Um mimo pra garota mais linda que eu já vi.” Este detalhe se tornou um ponto importante na investigação.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) confirmou que a Delegacia de Itapecerica da Serra está investigando o caso com seriedade. Como parte das investigações, a polícia solicitou à Justiça a apreensão de outra adolescente, também de 17 anos, que é suspeita de envolvimento no ocorrido. Essa jovem já prestou depoimento. A identidade dela não foi divulgada, e a polícia informou que diligências continuam para esclarecer todos os fatos. Por enquanto, não foi possível localizar a defesa da suspeita.
A loja Menina Trufa, identificada como a fabricante do bolo de pote, rapidamente se manifestou nas redes sociais. Em um comunicado publicado na terça-feira, dia 3, a empresa prestou condolências à família da vítima e afirmou estar colaborando integralmente com as autoridades.
A explicação da loja detalhou como o produto saiu de suas mãos. Segundo eles, uma pessoa comprou o bolo na loja aparentemente para consumo próprio. No entanto, o bolo foi levado para um local desconhecido. A entrega na casa da vítima foi feita por um motoboy que, segundo a Menina Trufa, não tem nenhum vínculo com a empresa – não é um entregador autorizado ou contratado por eles. A loja foi enfática: “Repudiamos qualquer tentativa de associação indevida à nossa marca”.
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Um dia antes, na segunda-feira (2), a loja já havia publicado um vídeo para reforçar sua posição. Uma representante da Menina Trufa afirmou: “Estamos contribuindo com a investigação e deixamos bem claro que não temos nenhum envolvimento com isso. Estamos aqui também prestando nossas condolências à família da vítima pelo ocorrido”. Ela acrescentou: “Quero deixar bem claro que a (loja) Menina Trufa não tem nada a ver com isso. A pessoa não recebeu esse produto por meio dos nossos motoboys. Todos os nossos clientes sabem que recebem os produtos pelos nossos motoboys próprios”.
O caso permanece sob investigação policial. As autoridades buscam determinar a origem exata da contaminação que levou à intoxicação fatal e o papel de cada pessoa envolvida na entrega do bolo.