Em setembro de 2019, Loren Schauers, então com 18 anos, vivia um dia comum de trabalho como operário em uma área remota de Montana, nos Estados Unidos. Enquanto manobrava uma empilhadeira em uma ponte, o equipamento perdeu o equilíbrio e despencou 15 metros de altura, arrastando o jovem junto. O impacto deixou Loren preso sob o peso da máquina, em um acidente tão grave que os médicos precisaram tomar uma decisão drástica para salvar sua vida: amputar tudo abaixo da cintura.
Quatro anos depois, Loren se tornou uma figura conhecida nas redes sociais. Ao lado da esposa, Sabia, ele compartilha detalhes de sua rotina em um canal no YouTube chamado Sabia and Loren, que já ultrapassou 663 mil inscritos. Os vídeos mostram desde desafios do dia a dia até conversas francas sobre o acidente que mudou sua vida. Em uma entrevista de 2021, conduzida pelo pai de Sabia, o casal decidiu esclarecer uma dúvida frequente entre os espectadores: o tamanho real da empilhadeira envolvida no acidente.
A curiosidade surgiu depois que alguns comentários na internet sugeriram que uma máquina “pequena” não seria capaz de causar tantos danos. A observação irritou Loren, que, junto com Sabia, resolveu apresentar dados concretos. “Era uma empilhadeira Gradall 10K, com braço extensível, sistema de inclinação e capacidade de girar para os lados. Não era nada daqueles modelos compactos que vemos em depósitos”, explicou ele durante a conversa. Para ilustrar, Sabia inseriu uma imagem no vídeo, mostrando a máquina em detalhes.
As dimensões impressionam: o equipamento media 8,2 metros de comprimento, 3,7 metros de altura e 2,6 metros de largura quando transportado. O peso ultrapassava 13 toneladas — equivalente a metade de um caminhão semirreboque. “As pessoas imaginam aquelas empilhadeiras que carregam caixas em armazéns, mas a Gradall é algo totalmente diferente. Era a única máquina no local que exigia uma escavadeira para ser movida”, destacou o pai de Sabia durante a entrevista.
O tamanho colossal da Gradall ajuda a entender a gravidade do acidente. Quando caiu da ponte, a força do impacto concentrou todo o peso da estrutura metálica no corpo de Loren, esmagando parte de seu tronco e membros inferiores. A decisão pela amputação foi imediata, mas o jovem não permitiu que o trauma definisse sua vida. Hoje, ele usa próteses e adaptações criativas para atividades como dirigir e praticar esportes, sempre documentando os processos no YouTube.
Além de desmistificar a ideia de que a empilhadeira seria “pequena”, o casal também abordou outro equívoco comum: a noção de que Loren perdeu apenas as pernas. Na realidade, a amputação incluiu quadris, parte da pelve e órgãos reprodutivos, um detalhe que muitos espectadores não compreendiam até as explicações técnicas no canal.
A história de Loren segue inspirando milhares de pessoas, não apenas pela superação, mas pela transparência em dividir até os aspectos mais difíceis de sua jornada. Seus vídeos misturam humor, relatos sinceros e informações valiosas sobre adaptação e resiliência — sem cair em dramatizações. E, claro, sem deixar de corrigir quem ainda subestima o poder destrutivo de uma Gradall 10K.