Em dezembro de 1980, na pequena cidade de Lengby, nos Estados Unidos, a jovem Jean Hilliard, de 19 anos de idade, dirigiu até a cidade para encontrar alguns amigos durante a noite, sem saber que passaria por uma experiência aterrorizante, que chocaria o mundo inteiro.
Rodeada por florestas, lagos e grandes campos de fazendas, Lengby não tinha muitas atrações para os jovens da época, principalmente no inverno, quando as temperaturas eram congelantes. Por isso, Hilliard dirigiu até a cidade mais próxima, Fosston, onde encontrou alguns amigos. No caminho de volta, entretanto, ela passou por uma experiência que quase tirou sua vida.
O Ford LTD que ela dirigia, pertencente ao seu pai, não foi capaz de suportar o gelo e a temperatura congelante, e acabou deslizando e caindo em uma vala. Sozinha, literalmente no meio do nada, ela decidiu caminhar até a casa de um amigo que ela sabia que morava nas redondezas: Wally Nelson. A residência de Nelson ficava a 3km dali, e caminhar até lá pareceu uma melhor ideia do que tentar recuperar o carro, e definitivamente melhor do que andar até sua própria casa, que era muito mais longe.
Durante o caminho até a casa do amigo, o frio começou a aumentar gradativamente, e quando a garota finalmente já podia enxergar as luzes da casa, tudo ficou completamente preto.
Na manhã seguinte, aproximadamente às 7h, Nelson acordou, saiu para o seu quintal e percebeu que havia algo estranho no meio da neve, a cerca de 4,5 metros da sua porta. Chegando mais perto, ele viu que era Hilliard, quase completamente congelada.

“Eu a agarrei pela gola da roupa e a deslizei para a varanda. Pensei que ela já estava morta. Estava mais dura que uma tábua, mas eu vi que havia algumas bolhas saindo do seu nariz”, afirmou Nelson ao portal ‘AllThat’sIntersting’, que abordou o fato curioso em uma matéria.
Quase que em um rompante, Nelson carregou o corpo gélido de sua amiga até o carro e dirigiu até o hospital mais próximo. Lá, os médicos trataram o caso com pouquíssimas esperanças, já que era impossível utilizar agulhas hipodérmicas no corpo da garota, e sua temperatura corporal era tão baixa que nem mesmo aparecia nos termômetros médicos. De acordo com os relatos médicos da época, a pele de Hilliard estava totalmente acizentada, e seus olhos sequer respondiam à mudança na intensidade da luz.
Mesmo com poucas esperanças, os médicos decidiram tentar aquecer aos poucos o corpo da garota, utilizando panos quentes. De repente, perceberam um tímido pulso de 12 batidas por minuto. Ela estava viva.
Aos poucos, conforme a temperatura do seu corpo foi aumentando, seus sinais vitais começaram a se recuperar, e já no meio daquela manhã a garota estava totalmente sã e consciente. Quando ele foi capaz de falar novamente, ela disse que não fazia ideia do que havia acontecido.
“É como se eu tivesse dormido e acordado no hospital. Eu não vi nenhum tipo de luz nem nada assim. Foi meio frustrante, na verdade. Muitas pessoas falam sobre isso, e eu não lembro de nada”, disse a garota ao mesmo portal.
Mas até hoje, a história de Jean Hilliard é vista por muitos como um milagre, e a garota já foi convidada a participar de cultos em igrejas, programas de televisão e diversos outros eventos. E a verdade é que nem mesmo a ciência sabe exatamente como Hilliard sobreviveu a esta experiência.

Existem algumas outras histórias de pessoas que sobreviveram a temperaturas extremamente geladas, e os médicos já descobriram que o corpo humano é capaz de entrar em uma espécie de processo de “hibernação”, onde os órgãos trabalham mais lentamente, de forma a suportar o frio. No entanto, muitas outras pessoas nas condições de Hilliard, naquela noite fria de inverno no meio do nada, não teriam sobrevivido para contar a história.
