Israel promete responder com “ataques intensos” após acusar o Irã de violar o cessar-fogo Israel promete responder com "ataques intensos" após acusar o Irã de violar o cessar-fogo

por Lucas Rabello
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A aparente trégua entre Israel e o Irã, anunciada nesta terça-feira (24 de junho), parece estar pendurada por um fio bem fino. As acusações mútuas de violações começaram quase imediatamente após o horário estipulado para o início da pausa nos combates.

O governo israelense acusa o Irã de ter disparado mísseis contra seu território na manhã de terça-feira. Em resposta direta a essa alegação, o Ministério da Defesa de Israel declarou ter ordenado às suas forças armadas que preparassem “ataques intensos” contra alvos em Teerã, o coração do regime iraniano. A mensagem é clara: Israel promete uma reação forte ao que considera uma quebra do acordo de cessar-fogo.

Do outro lado, as autoridades iranianas negam veementemente ter lançado qualquer míssil após o início do período de cessar-fogo. Através de seus meios de comunicação estatais, o Irã descreve as acusações israelenses como infundadas. Anteriormente, o então ministro das Relações Exteriores do Irã, Seyed Abbas Araghchi, já havia postado na rede social X (antigo Twitter), enfatizando que o Irã não tinha intenção de continuar suas ações se Israel parasse suas “agressões ilegais”.

Ele foi enfático ao afirmar que Israel iniciou o conflito e que não havia um acordo formal de cessar-fogo naquele momento, apenas a disposição iraniana de cessar as hostilidades sob condições específicas.

A figura central na mediação desta frágil pausa foi o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele usou sua plataforma Truth Social nas primeiras horas da manhã para anunciar que um armistício completo e total entre Israel e Irã havia sido acordado e entraria em vigor após cerca de seis horas, tempo necessário para que ambos os lados concluíssem operações em andamento. Trump seguiu o anúncio com um apelo direto: “O CESSAR-FOGO ESTÁ AGORA EM VIGOR. POR FAVOR, NÃO O VIOLEM!”

Mais tarde, o presidente norte-americano expandiu sua mensagem, alegando que ambas as nações o procuraram simultaneamente pedindo paz. Ele expressou otimismo sobre o futuro ilimitado e próspero que Israel e Irã poderiam alcançar se mantivessem o caminho da paz, declarando o mundo e o Oriente Médio como os grandes vencedores do acordo.

Enquanto isso, a situação no terreno permanece tensa e confusa. As declarações oficiais de Israel e Irã são diametralmente opostas quanto ao que aconteceu após o horário combinado para o cessar-fogo. A ameaça israelense de ataques intensos paira no ar, enquanto o Irã insiste em sua inocência e na narrativa de que apenas reagiu à agressão inicial.

A pergunta que fica é: esta trégua mediada sobreviverá às primeiras horas sob o peso de acusações tão graves e contraditórias? Os próximos dias serão cruciais para determinar se a paz anunciada se concretizará ou se as hostilidades irão recomeçar com força total.

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.
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