No complexo mundo dos relacionamentos, a infidelidade continua sendo um tema que tanto fascina quanto inquieta muitos. Estudos recentes têm lançado luz sobre as razões pelas quais as pessoas traem, e os resultados podem surpreender você. Ao contrário da crença popular, a infelicidade nem sempre é a força motriz por trás da infidelidade.
A especialista em relacionamentos Jana Hocking oferece uma perspectiva intrigante sobre o assunto. “Acho que eles correm o risco porque acham sexy ou excitante, ou a traição está dando às suas vidas cotidianas monótonas um pouco de adrenalina”, explicou ela no programa Weekend Today. Isso sugere que, para alguns, o fascínio pelo proibido é um motivador poderoso.
Curiosamente, estudos descobriram que a maioria dos traidores – 56% dos homens e 34% das mulheres – consideravam seus relacionamentos felizes. Isso desafia a noção de que a infidelidade é sempre um sintoma de insatisfação no relacionamento.
Hocking também aponta uma tendência surpreendente: “Há também muitos caras medianos traindo garotas nota dez. Esse é o tema comum.” Ela teoriza que isso pode derivar da insegurança, com parceiros menos atraentes buscando validação de outros para aumentar sua autoestima.
Mas e as mulheres que traem? Um estudo recente conduzido por pesquisadores da Universidade de Oxford e da Universidade de Melbourne oferece algumas percepções. O estudo, que envolveu 254 indivíduos de 19 países, focou em relacionamentos heterossexuais onde ocorreu infidelidade.
Os resultados sugerem que as mulheres que se envolvem em casos extraconjugais frequentemente acham seus parceiros extraconjugais mais atraentes fisicamente do que seus parceiros primários. No entanto, curiosamente, elas não necessariamente viam esses parceiros de caso como melhores potenciais co-pais.
Para os homens, o estudo indica que a infidelidade pode ser impulsionada por um desejo evolutivo de aumentar a “quantidade de descendentes”. Isso sugere que o comportamento de traição masculina poderia ser influenciado por instintos biológicos profundos.
É importante notar, no entanto, que os impulsionadores evolutivos da infidelidade feminina em humanos continuam sendo um assunto de “debate vigoroso” entre os pesquisadores. As complexidades dos relacionamentos humanos e das motivações individuais tornam desafiador tirar conclusões definitivas.
Então, o que podemos aprender com esses achados? Primeiro, fica claro que a infidelidade raramente é tão simples quanto parece. Relacionamentos felizes não estão imunes à traição, e as razões por trás da infidelidade podem variar de busca por excitação a enfrentamento de inseguranças pessoais.
Hocking oferece uma palavra de cautela para aqueles que navegam no mundo dos encontros: ser “muito charmoso” pode potencialmente ser um sinal de alerta. Embora o charme em si não seja inerentemente negativo, vale a pena considerar se o carisma de alguém pode estar mascarando traços menos desejáveis.