Homem que teve ereção de 30 horas recebe indenização de $ 50 mil após erro grave de médicos

por Lucas Rabello
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Em um recente caso de negligência médica em Valência, na Espanha, um erro no atendimento resultou em complicações graves para um paciente de 36 anos, que recebeu uma indenização no valor de 49 mil euros (cerca de 50 mil dólares ou 300 mil reais). O incidente começou quando o homem buscou atendimento médico após apresentar priapismo, uma condição caracterizada por uma ereção persistente e dolorosa que dura mais de quatro horas.

A jornada médica teve início em um centro de saúde em Albaida, onde o paciente relatou seu problema. Segundo especialistas, o priapismo exige intervenção imediata para evitar danos aos tecidos penianos e possíveis disfunções eréteis. A condição ocorre quando o sangue fica preso no pênis, sem conseguir sair pelas veias.

A situação piorou quando o paciente, acompanhado de sua esposa, procurou o Hospital Ontinyent cerca de 20 horas após os primeiros sintomas. De acordo com o processo de negligência, houve atrasos significativos no encaminhamento para um urologista, levando o paciente a buscar atendimento no Hospital Lluis Alcanyis, em Xàtiva.

O paciente disse que houve atrasos no hospital Valenciano (Google Maps).

O paciente disse que houve atrasos no hospital Valenciano (Google Maps).

Ao chegar ao segundo hospital, o paciente apresentava febre, uma complicação comum em casos prolongados de priapismo. A equipe médica realizou o procedimento padrão de drenagem do sangue acumulado no pênis e agendou a instalação de uma prótese peniana maleável, um implante semirrígido que ajuda a restaurar a função sexual e aliviar os sintomas de priapismo.

No entanto, o caso se complicou ainda mais quando a prótese apresentou falhas por má instalação, o que exigiu uma nova cirurgia. O paciente agora sofre de complicações permanentes, incluindo disfunção erétil, dores na perna esquerda e perda de sensibilidade e força no braço direito.

Ele alegou que a cirurgia em outro hospital falhou (Google Maps).

Ele alegou que a cirurgia em outro hospital falhou (Google Maps).

O urologista Jorge Sanchez, entrevistado pela mídia local, explicou: “Quatro ou cinco horas de priapismo podem causar danos ao tecido peniano, e após 20 horas o risco é ainda maior.” Ele destacou que, em casos prolongados, os médicos precisam romper os corpos cavernosos — dois tubos no pênis que se enchem de sangue durante a ereção. Esse procedimento torna impossível a ereção natural, levando à necessidade de uma prótese.

Após uma batalha judicial que durou quatro anos, o governo regional de Valência foi condenado a pagar a indenização de 49 mil euros ao paciente, além de 5 mil euros à esposa, como compensação por danos morais.

Os hospitais envolvidos enfrentaram críticas pela demora no atendimento e pelas falhas relacionadas à instalação da prótese. Este caso chamou atenção para a necessidade de cuidados médicos imediatos e adequados em condições urológicas emergenciais.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.