Um novo teste de medicamento levou um homem a ser declarado livre do câncer após ser informado de que tinha menos de um ano de vida, segundo uma reportagem da BBC.
Robert Glynn, um homem de 51 anos de Manchester, na Inglaterra, foi diagnosticado com câncer de via biliar intra-hepático, uma forma rara e agressiva de cancro com opções limitadas de tratamento, em agosto de 2020.
O câncer havia se espalhado para sua glândula adrenal e estava em estágio estágio avançado, deixando Glynn com um prognóstico terrível.
No entanto, ele teve a chance de participar de um ensaio clínico no Christie NHS Foundation Trust em Manchester, onde recebeu novo um medicamento de imunoterapia por gotejamento. Este medicamento, que já foi aprovado para uso em outros tipos de câncer, como câncer de pulmão e rim, ajuda o próprio sistema imunológico do corpo a combater a doença.
Após o tratamento, os tumores de Glynn diminuíram significativamente, com um no fígado passando de 12 cm para 2,6 cm, permitindo que ele se submetesse a uma cirurgia para removê-los. A cirurgia revelou apenas tecido morto, indicando que o tratamento matou com sucesso todas as células cancerígenas. Glynn não precisou de nenhum tratamento adicional e seus exames trimestrais mostram que ele está livre da doença.
O ensaio clínico do qual Glynn participou foi conduzido pelo professor Juan Valle, um especialista de renome mundial em câncer do trato biliar e oncologista consultor da Christie. Valle comentou os resultados promissores do estudo, afirmando que isso pode levar a uma mudança na forma como os pacientes com câncer do trato biliar são tratados no futuro.
Novos estudos estão sendo realizados com mais pacientes na esperança de replicar esses resultados bem-sucedidos.
O sucesso deste ensaio clínico serve como prova da importância da pesquisa e do potencial de novos tratamentos para mudar a vida daqueles que enfrentam doenças graves. Também destaca o potencial da medicina personalizada, com Valle observando que os tumores de Glynn responderam particularmente bem ao tratamento devido à alta carga de mutações ou ao alto número de mutações genéticas.
Isso sugere que o tratamento pode não ser tão eficaz para pacientes com menos mutações em suas células cancerígenas, destacando a necessidade de abordagens personalizadas para o tratamento.
