Homem que “invadiu a festa de Diddy” revela o que viu dentro da casa do rapper

por Lucas Rabello
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Nos anos 1990, as festas de Sean “Diddy” Combs eram sinônimo de glamour, exclusividade e histórias que corriam os bastinhos de Hollywood. Antes das acusações de tráfico sexual, conspiração e outros crimes que levaram à sua prisão em setembro de 2024, um convite para um evento do astro do hip-hop valia mais que ouro. Entre os relatos que surgiram décadas depois, um se destaca: o de Chris Harris, um jornalista que afirma ter se infiltrado em uma das festas mais cobiçadas da época.

Tudo começou em julho de 1999, quando Harris trabalhava como repórter para o jornal East Hampton Star. Enquanto surfava na praia de East Hampton, nos Estados Unidos, ele ouviu dois homens comentando sobre um “churrasco do Puffy” (apelido de Diddy). Intrigado, seguiu as dicas até a mansão à beira-mar do rapper, decidido a conseguir uma matéria.

Sem convite, Harris tentava anotar os nomes das celebridades na entrada quando uma mulher loira se aproximou. Ela revelou que havia visto o nome “Ted Ammon” na lista de convidados. Sem pensar duas vezes, o jornalista se apresentou como Ammon, e a mulher fingiu ser sua acompanhante. Para surpresa de ambos, a estratégia funcionou: os seguranças os deixaram entrar sem questionar.

Ao adentrar o local, Harris descreveu uma atmosfera “surreal”. A música R&B, em volume “ensurdecedor”, vinha de 20 caixas de som espalhadas pelo jardim, com o DJ Q-Tip, do grupo A Tribe Called Quest, no comando. O cheiro no ar, segundo ele, lembrava o “ônibus de turnê de Willie Nelson” — uma mistura de ervas e incenso.

A piscina estava repleta de mulheres seminuas ou totalmente nuas, enquanto modelos circulavam distribuindo champanhe. A fila para a comida era longa, mas, nas palavras de Harris, “o cachorro-quente valia a espera: até hoje não comi um melhor”. Entre os convidados, estrelas como Jay-Z, Busta Rhymes, Ivanka Trump (então com 17 anos) e até Carmen Electra, com quem o jornalista chegou a “flertar”.

Diddy, vestido de branco e com correntes de ouro no pescoço, circulava pela festa cumprimentando os convidados. Harris aproveitou para agradecê-lo pelo evento, ao que o rapper respondeu com um seco “é, tá bom”.

Apesar da atmosfera extravagante, o jornalista não viu indícios dos supostos excessos que viriam à tona anos depois. Em 2024, Diddy foi preso e acusado de crimes como conspiração para racketeamento, tráfico sexual e transporte para prostituição. Ele nega todas as acusações e aguarda julgamento.

Combs realizava suas Festas Brancas todos os anos

Combs realizava suas Festas Brancas todos os anos

As festas “White Party” de Diddy, iniciadas em 1998, duraram mais de uma década e se tornaram lendárias. Além de Harris, nomes como Mariah Carey, Beyoncé e Paris Hilton estiveram em edições posteriores. Mas o relato do repórter oferece um vislumbre único de uma época em que o astro simbolizava o ápice da cultura pop — muito antes de sua imagem ser manchada por escândalos.

Hoje, enquanto o processo judicial avança, o passado luxuoso de Diddy ganha novos contornos. E histórias como a de Chris Harris lembram que, por trás do brilho das celebridades, nem tudo é exatamente como parece.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.

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