Grave acidente aéreo do voo BOAC 911 próximo ao Monte Fuji

por Lucas Rabello
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Em 5 de março de 1966, ocorreu um grave incidente aéreo envolvendo um voo da British Overseas Airways Corporation, conhecido como Voo BOAC 911. A aeronave, um jato de passageiros Boeing 707, partiu do Aeroporto de Haneda, em Tóquio, com destino a Hong Kong. Tragicamente, o avião caiu em uma floresta no Japão logo após a decolagem, levando à perda de todas as 124 pessoas a bordo, incluindo 113 passageiros e 11 membros da tripulação.

A aeronave encontrou turbulência severa perto do Monte Fuji, conhecido por suas condições atmosféricas pitorescas, mas potencialmente turbulentas. A turbulência foi tão intensa que excedeu os limites de design da aeronave, causando danos estruturais significativos. Testemunhas e relatórios sugerem que o avião estava viajando entre 595 km/h e 684 km/h a uma altitude de aproximadamente 4.900 metros quando foi atingido por essas violentas condições atmosféricas.

Descoberta arrepiante encontrada na câmera de passageiro após terrível acidente de avião matando 124

Japanese Military

Relatos de testemunhas oculares e investigações subsequentes revelaram que partes da aeronave começaram a se desprender no ar, deixando trilhas de vapor branco enquanto descia rapidamente. A fuselagem do jato de seis anos teria se partido em dois a aproximadamente 2.000 metros acima do solo. A descida do avião terminou em uma explosão catastrófica ao impactar com a área florestal ao redor do Monte Fuji, espalhando destroços por um raio de 16 quilômetros.

Um dos aspectos mais arrepiantes dessa tragédia foi a descoberta de filmagens feitas por um passageiro usando uma câmera de 8mm. Embora as filmagens tenham permanecido confidenciais e não divulgadas ao público, sabe-se que incluem cenas do Aeroporto de Tóquio e vistas aéreas da paisagem ao redor do Monte Fuji. No entanto, o filme pula notavelmente dois quadros antes de mostrar o interior da aeronave, sugerindo um evento súbito e violento. Especialistas acreditam que uma força de aproximadamente 7,5 vezes a gravidade da Terra, ou 7,5g, poderia ter causado o mau funcionamento da câmera dessa maneira, indicando as condições extremas experimentadas durante os momentos finais do voo.

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Esse nível de força gravitacional é significativo, pois a exposição prolongada a forças maiores que 6g pode ser letal. Acredita-se que os quadros ausentes nas filmagens do passageiro representem o momento em que a integridade estrutural da aeronave foi comprometida, levando ao trágico fim do voo.

A investigação oficial sobre o acidente concluiu que a “turbulência severamente anormal” sobre a cidade de Gotemba foi a provável causa. Essa turbulência submeteu a aeronave a forças muito além do que foi projetada para suportar. As conclusões foram apoiadas por evidências dos destroços e do filme de 8mm recuperado do local do acidente. A revista Flight International, em sua cobertura do incidente em 1967, destacou a rápida desintegração da aeronave, conforme sugerido pelo final abrupto do filme e pela necessidade de uma força significativa para fazer a câmera pular quadros.

Este desastre foi um dos quatro incidentes fatais de aeronaves no Japão em 1966, ocorrendo apenas um dia após outro evento trágico. O impacto cumulativo desses incidentes afetou severamente a confiança pública na indústria da aviação japonesa, levando a uma diminuição nas reservas de voos domésticos e obrigando as companhias aéreas a fazerem ajustes significativos em suas operações e protocolos de segurança.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.