Fãs da Netflix ficam chocados com filme brasileiro +18 que é “80% sexo”, mas afirmam que ainda “vale a pena assistir” Fãs da Netflix ficam chocados com filme classificado para maiores que é "80% sexo", mas afirmam que ainda "vale a pena assistir"

por Lucas Rabello
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Um filme brasileiro está causando um verdadeiro rebuliço na Netflix, chamando a atenção não só pela trama, mas especialmente pela ousadia de suas cenas.

“O Lado Bom de Ser Traída” (conhecido internacionalmente como “Burning Betrayal”) virou um fenômeno instantâneo na plataforma, escalando rapidamente para o topo das listas de mais assistidos e gerando reações intensas dos espectadores.

A história, baseada no livro provocativo de Sue Hecker, acompanha Babi, uma contadora interpretada por Giovanna Lancellotti. A vida de Babi dá um giro radical quando ela descobre, pouco antes do casamento, que seu noivo a traiu.

Em vez de mergulhar na tristeza, ela escolhe um caminho inesperado de autodescoberta e, talvez, vingança. O visual muda: o cabelo ganha tons escuros. O estilo de vida também se transforma: ela se integra a um clube de motociclistas.

Espectadores dizem que são fãs do elenco, do roteiro e das cenas picantes (Netflix).

Espectadores dizem que são fãs do elenco, do roteiro e das cenas picantes (Netflix).

É nesse novo cenário que Babi cruza com Marco, um juiz que logo ganha o apelido nada sutil de “juiz gato”. O encontro entre os dois acende uma faísca poderosa, dando início a um relacionamento intenso e ardente.

Os espectadores relatam que os momentos de intimidade entre os protagonistas são frequentes e explícitos, ocorrendo nos mais variados cenários – desde bancadas de cozinha até praias paradisíacas, intercalados com cenas de ação envolvendo as motocicletas.

Muitos que assistiram ao filme destacam a quantidade expressiva de cenas sensuais. Comentários nas redes sociais e em sites como o Rotten Tomatoes são unânimes em apontar que o filme é repleto de nudez e situações íntimas.

Alguns chegam a brincar que o enredo parece ser apenas um fio condutor para conectar essas sequências, classificando o longa como “80% sexo”. Outros mencionam que a produção beira o soft porn devido ao seu nível de explicitação, mas sem ultrapassar os limites que exigiriam outra classificação etária.

Apesar – ou talvez por causa – dessa franqueza, o filme conquistou uma base de fãs fervorosa e uma avaliação impressionante de 87% no Rotten Tomatoes. Diversos espectadores admitem ter assistido ao filme várias vezes, celebrando a química palpável entre Giovanna Lancellotti e Leandro Lima (o “juiz gato”).

A atuação do casal principal é frequentemente citada como um ponto alto, assim como a fotografia que captura os corpos esculpidos dos atores e os cenários deslumbrantes.

Os elogios, contudo, vão além da sensualidade. Muitos espectadores enxergam na jornada de Babi uma narrativa poderosa de empoderamento feminino. Após sair de um relacionamento tóxico e traidor, ela assume as rédeas de sua vida e de sua sexualidade com confiança e desejo.

Essa representação de uma mulher explorando seu prazer sem tabus ou culpa ressoa fortemente com o público. A mensagem de transformar uma experiência negativa (a traição) em um catalisador para autoconhecimento e libertação sexual é vista como um dos grandes trunfos da produção.

A qualidade técnica do filme também recebe aplausos. As cenas de ação com as motos são descritas como bem coreografadas e emocionantes, adicionando adrenalina à trama. O roteiro, apesar de considerado por alguns como simples, é elogiado por sua eficiência em manter o ritmo e por não cair no vulgar, mesmo com a abundância de cenas íntimas.

A produção brasileira é comparada positivamente a filmes americanos do mesmo gênero, como “Cinquenta Tons de Cinza” e “Sex/Life”, indicando um crescente reconhecimento da qualidade do cinema nacional em produções de grande apelo popular.

“O Lado Bom de Ser Traída” se tornou, assim, muito mais do que um filme com cenas ousadas. É um fenômeno cultural que combina sensualidade explícita, uma história de transformação pessoal após uma grande decepção, ação empolgante e uma celebração da agência feminina sobre o próprio corpo e desejo.

O sucesso na Netflix e a demanda por uma possível continuação comprovam que a fórmula, apesar de intensa, encontrou seu público ávido por entretenimento picante e narrativas de superação.

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.
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