Nova revelação bombástica em pesquisa sobre o Sudário de Turim após ser considerado o pano funerário de Jesus

por Lucas Rabello
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Um estudo recente do especialista brasileiro em gráficos, Cícero Moraes, trouxe uma nova perspectiva sobre o controverso Sudário de Turim, sugerindo que o tecido de linho secular, atualmente abrigado na Catedral de São João Batista em Turim, Itália, é provavelmente uma obra-prima da arte cristã, em vez de ter sido o pano funerário de Jesus.

Utilizando tecnologia avançada de simulação virtual, Moraes conduziu uma análise detalhada de como o tecido interagiria com um corpo humano. “Quando você envolve um objeto 3D com um tecido, e esse objeto deixa um padrão, como manchas de sangue, essas manchas geram uma estrutura mais robusta e mais deformada em relação à fonte,” explicou Moraes em suas descobertas.

A pesquisa revelou discrepâncias significativas entre as impressões esperadas que um corpo deixaria e as marcações reais no sudário. Quando o tecido virtual foi colocado plano, ele exibiu “uma imagem distorcida e significativamente mais robusta” em comparação com as marcações visíveis no Sudário de Turim. Essas descobertas estão alinhadas com estudos anteriores que dataram o tecido do século XIV.

“Acho que a possibilidade de isso ter sido usado como o sudário de sepultamento de Jesus é muito remota,” afirmou Moraes. Sua pesquisa apresenta uma terceira perspectiva no debate contínuo sobre a autenticidade do sudário. “De um lado estão aqueles que acreditam que é um sudário autêntico de Jesus Cristo, de outro, aqueles que pensam que é uma falsificação. Mas eu me inclino para outra abordagem: que é, de fato, uma obra de arte cristã, que conseguiu transmitir sua mensagem pretendida com muito sucesso.”

O momento desta pesquisa coincide com investigações históricas mais amplas sobre artefatos religiosos e sua autenticidade. A pesquisa histórica sobre o cristianismo enfrenta desafios particulares devido ao intervalo de quase 2.000 anos entre os dias atuais e os eventos em questão. Persistem equívocos comuns até mesmo sobre fatos históricos básicos — por exemplo, a datação tradicional do nascimento e morte de Jesus não se alinha com o ano 0 d.C.

Nova pesquisa argumenta que o Sudário de Turim não foi usado para cobrir Jesus

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“Para mim, parece mais uma obra iconográfica não verbal que serviu muito bem ao propósito da mensagem religiosa contida nela,” observou Moraes sobre o sudário. Sua técnica de simulação virtual forneceu uma nova abordagem científica para analisar as propriedades do tecido e sua relação com a anatomia humana.

A metodologia de pesquisa envolveu a criação de um modelo digital para estudar como o tecido interagiria com um corpo, focando particularmente em como manchas de sangue e outras impressões seriam transferidas. Os resultados mostraram que as impressões corporais reais criariam marcas notavelmente diferentes das presentes no Sudário de Turim.

Este estudo se soma ao crescente corpo de evidências que sugerem que as origens do sudário estão na arte medieval, em vez de na história antiga. As descobertas apresentam uma nova estrutura para entender o significado do sudário, indo além do simples debate autenticidade versus falsificação que tem dominado as discussões por décadas.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.