No norte congelado dos Estados Unidos, a natureza frequentemente apresenta espetáculos deslumbrantes, como as auroras criadas quando os ventos solares colidem com a atmosfera superior da Terra.
O fotógrafo Todd Salat está acostumado a esperar no frio para capturar tais vistas. No entanto, numa recente manhã de sábado perto de Delta Junction, ele presenciou um evento meteorológico bem diferente.
Uma espiral azul emergiu de uma luz brilhante no horizonte norte, expandindo-se à medida que se movia pelo céu, contrastando com um plano de fundo de luz verde ondulante.
Salat descreveu a cena como “uma bela obra de arte no céu” para Annie Berman do Anchorage Daily News. Ele capturou algumas fotos incríveis da espiral para todos apreciarem. Embora essa visão possa ter sido incomum para os moradores do Alasca, redemoinhos brilhantes têm cativado os observadores do céu há anos e têm uma explicação simples.
Horas antes do aparecimento da espiral, a SpaceX lançou um foguete Falcon 9 da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia. O foguete transportava dezenas de satélites como parte da missão Transporter-7. Após a primeira fase do foguete retornar à superfície para reutilização, o estágio superior do Falcon 9 continuou em órbita, completando sua missão e depois descendo de volta à Terra em uma espiral cambaleante.
A liberação do combustível restante na atmosfera superior provavelmente fez com que o vapor de água presente nos gases se congelasse em minúsculos cristais que refletiam a luz. Embora não possamos ter certeza da causa dessa espiral específica, fenômenos semelhantes ocorreram durante lançamentos de foguetes, tornando provável que Salat tenha capturado uma missão espacial em vez de uma forma de vida extraterrestre.
Apesar da beleza da espiral brilhante, nem todos os amantes da natureza estão ansiosos por mais. Enxames de satélites enchem cada vez mais o céu noturno, criando riscos que prejudicam a visão dos astrônomos dos céus. Com o avanço das viagens espaciais comerciais e a redução dos custos da tecnologia em órbita, espirais espaciais brilhantes devem se tornar menos misteriosas. Consequentemente, podemos esperar ver mais obras de arte como esta no céu nos próximos anos.
Editor-chefe do portal Mistérios do Mundo desde 2011. Adoro viajar, curtir uma boa música e leitura. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.
