Esta é a cor que as pessoas inteligentes mais escolhem, segundo uma psicóloga

por Lucas Rabello
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Você já se perguntou por que algumas cores parecem transmitir certas emoções ou ideias? A psicologia das cores é um campo fascinante que explora como os tons influenciam nosso comportamento, decisões e até nossa percepção de inteligência. Entre os estudiosos desse tema, a psicóloga e socióloga alemã Eva Heller se destacou ao revelar, em seu livro Psicologia da Cor: Como as Cores Atuam sobre os Sentimentos e a Razão, que o azul é a tonalidade preferida por pessoas consideradas inteligentes.

Eva Heller, formada pela Universidade Livre de Berlim, dedicou parte de sua carreira a investigar as relações entre cores, cultura e emoções. Seus estudos mostram que as preferências por determinadas cores não são aleatórias: elas estão ligadas a experiências universais e a significados simbólicos que variam conforme o contexto.

azul

No caso do azul, a pesquisadora identificou uma conexão forte com características como simpatia, harmonia e fidelidade. Apesar de muitas vezes ser associado a sensações de frieza ou distanciamento, esse tom também carrega consigo ideias de calma, estabilidade e confiança — atributos que, segundo Heller, o tornam popular entre indivíduos com alto nível intelectual.

Mas por que o azul é ligado à inteligência? A resposta está na dualidade de significados que ele pode transmitir. Em ambientes profissionais ou acadêmicos, por exemplo, o azul é frequentemente usado para representar seriedade e competência. Já em contextos cotidianos, ele evoca serenidade e equilíbrio emocional. Essa versatilidade faz com que a cor seja percebida como uma escolha “segura” e racional, características comumente associadas a pessoas que valorizam a lógica e a clareza de pensamento.

Não é à toa que grandes empresas globais, especialmente no setor tecnológico, adotam o azul em suas marcas. Companhias como Facebook, IBM e LinkedIn utilizam variações desse tom em seus logotipos e identidades visuais. De acordo com Heller, a escolha não é casual: o azul transmite profissionalismo e confiabilidade, elementos essenciais para conquistar a credibilidade do público. Em um mundo onde a primeira impressão é crucial, a cor funciona como uma ferramenta silenciosa para comunicar estabilidade e inteligência estratégica.

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Apesar das influências culturais — como a associação do azul com a proteção espiritual em algumas tradições ou com a masculinidade em certas sociedades —, os estudos de Heller mostram que seu status como “cor da inteligência” mantém-se consistente. Isso ocorre porque, mesmo com variações de significado, a maioria das culturas relaciona o azul a conceitos abstratos e profundos, como verdade, lealdade e conhecimento.

É importante ressaltar que a psicologia das cores não é uma ciência exata. Preferências individuais, experiências pessoais e contextos específicos podem alterar a maneira como percebemos cada tonalidade. Ainda assim, as descobertas de Eva Heller oferecem um panorama valioso sobre como o azul se tornou um símbolo tão poderoso — e por que ele continua a dominar paletas de cores em ambientes que valorizam a racionalidade e a inovação.

Seja no uniforme de um executivo, no logotipo de uma rede social ou na decoração de um espaço de trabalho, o azul segue sendo uma escolha estratégica para quem deseja projetar uma imagem de inteligência e ponderação. E, enquanto a ciência continua a explorar os mistérios das cores, uma coisa é certa: nosso cérebro nunca para de responder aos estímulos visuais que moldam nossa visão de mundo.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.

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