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E se Yellowstone explodir?

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Yellowstone é um verdadeiro tesouro norte-americano: é o parque nacional mais antigo do mundo, fundado em 1872. São cerca de 9 mil quilômetros quadrados, abrangendo uma área de três estados do país.

Além dos picos de montanhas e fontes termais, sem mencionar a variedade de vida selvagem, Yellowstone abriga um supervulcão.

Mistérios do Mundo

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Uma pessoa que caminha tranquilamente por Yellowstone, espreitando a paz e as maravilhas naturais, não saberia que, abaixo desse paraíso, há um verdadeiro inferno: o super vulcão de Yellowstone é uma fonte massiva de magma granítico que fica a quilômetros abaixo da superfície do parque. E sua explosão geraria resultados muito devastadores.

Embora não seja provável que ocorra tão cedo, vale a pena lembrar que Yellowstone já entrou em erupção antes, o que deixa muitas pessoas preocupadas com a possibilidade de que ele exploda em um futuro não tão distante.

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O que acontece é um tanto especulativo, mas a história geológica da região nos dá algumas pistas. Estamos pensando no pior cenário possível, com o supervulcão explodindo com toda a sua força.

Bem, se Yellowstone explodir, a sua explosão seria muito maior e impactante do que a explosão de um vulcão comum.

No chão, uma mistura de cinzas, bolhas e lava e gás superaquecido, com temperaturas superiores a mil graus, se moveriam a quase 500 quilômetros por hora. Se alguém fosse atingido, morreria em segundos.

Fluxos de lava poderiam viajar até 100 quilômetros a partir do epicentro da explosão. Quem quer que esteja no parque, não teria chances de sobreviver.

A erupção, que pode demorar semanas, não aconteceria da forma esperada: antes do magma sair do vulcão, ou melhor, se tornar lava, colossais nuvens de partículas finas e tóxicas seriam lançadas ao ar, afetando os Estados Unidos e o Canadá. Uma vasta coluna de cinzas e lava dispararia 25 quilômetros acima. De tão grande, se sustentaria por dias, bombeando cinzas em correntes de jato que a transportariam para a estratosfera, deixando o céu do planeta todo cinzento e tóxico.

Gases sulfúricos liberados pelo vulcão saltariam para a atmosfera e se misturariam com o vapor de água.

Em grande parte dos Estados Unidos e Canadá, chuvas tóxicas que, se inspiradas, poderia dilacerar os pulmões. Essas chuvas cairiam sobre edifícios e poderiam fazê-los colapsar. Isso por que ela é 6 vezes mais densa que a água, e prédios mais frágeis podem não suportar tanto peso.

As estradas e o sistema de esgoto entupiriam e quebrariam. O abastecimento de água seria contaminado, e as redes elétricas entrariam em curto circuito. Milhões de casas poderiam ficar inabitáveis.

Os voos seriam suspensos ou desviados da América do Norte pelo menos por algumas semanas.

O número de mortos é difícil de calcular, mas as pessoas só estariam seguras se estivessem a pelo menos 300 quilômetros do epicentro da explosão. Isso significa que até 90 mil pessoas poderiam perder a vida imediatamente após a explosão.

Em poucas semanas, as partículas finas na estratosfera bloqueariam a luz solar, fazendo o mundo todo experimentar mudanças dramáticas na temperatura, que cairia em pelo menos 10 graus, e esse efeito poderia durar décadas. Isso afetaria muito as plantações e suprimentos de água, prejudicando gravemente o suprimento de alimentos, o que aumentaria o dano econômico geral, que seria grave.

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Uma estimativa sugere que uma super erupção de Yellowstone tenha um custo de 3 trilhões de dólares, e uma crise desse tamanho nos Estados Unidos afetaria o resto do planeta.

Não seria o fim do mundo, mas um desastre como esse mudaria bastante as nossas vidas.

Parece assustador não? E de fato é: a boa notícia, pelo menos, é que uma erupção dessa escala é improvável. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, Yellowstone entrou em erupção pela última vez há cerca de 640 mil anos, e sua probabilidade de explodir novamente é de cerca de 0,00014% a cada ano.

Pelo menos desta catástrofe parecemos estar a salvo, não é mesmo?