Donald Trump enfrenta um grande problema após renomear o Golfo do México

por Lucas Rabello
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Donald Trump, em uma de suas primeiras ações como 47º presidente dos Estados Unidos, renomeou oficialmente o Golfo do México, um corpo de água que mantinha seu nome há mais de quatro séculos. O Golfo, localizado ao sul do Texas, Flórida, Alabama e Mississippi, e limitado pelo México a oeste e sul, com Cuba situada em sua entrada, agora será chamado de Golfo da América. A mudança foi realizada por meio de uma ordem executiva assinada pelo presidente Trump logo após sua posse.

A ordem executiva afirmou: “O presidente Trump está trazendo senso comum ao governo e renovando os pilares da Civilização Americana. A área anteriormente conhecida como Golfo do México há muito tempo é um ativo integral para nossa Nação outrora próspera e permanece uma parte indelével da América.” A ordem determina que o Secretário do Interior dos Estados Unidos implemente a mudança de nome em todos os sistemas e órgãos governamentais oficiais dentro de 30 dias.

O Golfo do México

O Golfo do México

Nos Estados Unidos, a mudança já começou a ser adotada. A Guarda Costeira dos EUA e o estado da Flórida passaram a se referir ao corpo de água como Golfo da América. O governador republicano da Flórida, Ron DeSantis, usou o novo nome em uma legislação relacionada ao clima da região. No entanto, a renomeação gerou controvérsia tanto no país quanto no exterior.

Internacionalmente, o Reino Unido rejeitou firmemente a mudança de nome. Uma fonte do governo britânico afirmou que o nome do golfo “não pode ser universalmente alterado por um único país”. O Telegraph informou que o Reino Unido não atualizará seus mapas oficiais até que o novo nome se torne o termo mais comumente usado no idioma inglês. Da mesma forma, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, enfatizou que, para o México e o resto do mundo, o corpo de água continua sendo o Golfo do México.

No cenário doméstico, republicanos influentes estão pressionando grandes empresas de tecnologia, como Google e Apple, para que atualizem seus aplicativos de mapas com o novo nome. No entanto, a mudança também recebeu críticas de quem a considera desnecessária e divisória, especialmente diante da significância histórica e cultural do nome Golfo do México.

Ele faz o que bem entende.

Ele faz o que bem entende.

Esta não é a primeira vez que o presidente Trump usa ordens executivas para renomear marcos geográficos. No Alasca, ele renomeou o Monte Denali de volta para Monte McKinley, revertendo uma decisão de 2015 do ex-presidente Barack Obama, que havia restaurado o nome indígena Koyukon da montanha, Denali, que significa “o alto” ou “o grande”.

A renomeação do Golfo do México desencadeou um debate mais amplo sobre o papel do poder executivo na alteração de nomes geográficos e as implicações para as relações internacionais e o patrimônio cultural. À medida que o governo dos EUA avança com a mudança, a resposta global permanece dividida, com muitos países e organizações se recusando a reconhecer o novo nome.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.