Uma nova expedição da OceanGate Expeditions identificou um som misterioso perto do local do naufrágio do Titanic. O grupo de pesquisadores, liderado por Paul Henry Nargeolet, estuda os destroços do famoso navio há 26 anos. Em 1998, Nargeolet gravou um som de “bip” perto do local do Titanic, mas sua origem permaneceu desconhecida até agora.
Por meio de processos de análise de DNA ambiental, a equipe conseguiu aprender mais sobre as espécies que vivem na cordilheira recém-descoberta. Os modelos de computador também serão usados para entender como essas espécies sobrevivem em seu ambiente e como são impactadas pelas mudanças climáticas.
Esta pesquisa faz parte de esforços contínuos para aprender mais sobre como esponjas e corais se espalham pelo oceano e como esses delicados ecossistemas podem se adaptar a um clima em mudança.
O que é o misterioso som?
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Uma expedição recente ao Titanic liderada por Paul Henry Nargeolet e sua equipe revelou que a fonte do misterioso som de “bip” gravado perto do local do naufrágio é um recife de alto mar repleto de vida marinha. A equipe observou esponjas, corais, peixes e lagostas no topo de uma cordilheira de basalto, que foi batizada provisoriamente de Nargeolet-Fanning Ridge em homenagem a Nargeolet e Oisín Fanning, especialista da missão.
A descoberta foi feita com tecnologia de sonar, que permitiu à equipe localizar o recife a 2.900 metros abaixo da superfície. “Não sabíamos o que iríamos descobrir. No sonar, isso poderia ter sido uma série de coisas, incluindo a possibilidade de que fosse outro naufrágio”, disse Nargeolet. “Foi incrível explorar esta área e encontrar esta fascinante formação vulcânica cheia de vida”, acrescentou.
O mergulho recente da uma equipe produziu descobertas interessantes sobre a vida marinha profunda no cume Nargeolet-Fanning. A equipe planeja compartilhar suas descobertas com outros cientistas para melhorar nossa compreensão da área.
Eles estão particularmente interessados em entender como os tipos e concentrações de organismos no ecossistema variam entre o Nargeolet-Fanning Ridge e o naufrágio do Titanic. Para isso, os pesquisadores coletaram inúmeras amostras de água que serão submetidas à análise de DNA para conhecer melhor as espécies que vivem na região.
Além disso, eles usarão modelos de computador para estudar como esses organismos são capazes de sobreviver em um ambiente tão hostil.
Esta pesquisa faz parte de um esforço mais amplo para entender a resiliência dos organismos do fundo do mar, particularmente esponjas e corais, diante das mudanças climáticas. À medida que os oceanos do mundo esquentam, é crucial entender como esses delicados ecossistemas podem se adaptar e continuar a sustentar uma diversidade de vida.
Ao compartilhar suas descobertas com outros cientistas, a equipe espera avançar em nossa compreensão dessas questões e, por fim, ajudar a proteger esses ecossistemas para as gerações futuras.
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