Arqueólogos descobrem caixão de 3.000 anos que parece os Simpsons

por Lucas Rabello
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Todos nós assistimos Os Simpsons, certo? Mas quem diria que a história antiga do Egito se entrelaçaria com nossa família animada favorita?

Uma das personagens mais icônicas de Os Simpsons é Marge Simpson, com seu cabelo azul altíssimo e vestido verde. Surpreendentemente, ela parece ter uma sósia no antigo Egito. As tampas de caixões do período do Novo Império são conhecidas por seus designs intrincados, e um caixão específico recentemente chamou a atenção de todos nas redes sociais.

O Dr. Mustafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, compartilhou detalhes sobre o trabalho arqueológico recente. Esses túmulos, encontrados em um cemitério antigo em Minya, Egito, eram provavelmente de altos funcionários e sacerdotes de um cemitério do Novo Império com 3.500 anos de idade. Segundo o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, o local revelou amuletos, ornamentos e caixões de pedra e madeira com múmias.

A era do Novo Império é frequentemente referida como a ‘Era de Ouro’ do Egito, e os caixões dessa época são verdadeiras obras-primas artísticas. Nove meses atrás, foi anunciada a descoberta desse caixão específico de múmia. No entanto, ele recentemente viralizou graças ao passatempo favorito da internet: fazer conexões com a cultura pop.

Então, qual é o alvoroço? A tampa superior do caixão apresenta a imagem de uma mulher de pele amarelada em um vestido verde, com uma coroa azul extremamente alta. Parece familiar? É estranhamente semelhante ao visual icônico de Marge Simpson – seu cabelo azul enorme e vestido verde sem alças.

Você vê? (Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades)

Você vê? (Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades)

Essa semelhança surpreendente gerou uma enxurrada de comentários online. Uma foto do caixão postada no Reddit fez todos dizerem a mesma coisa. Os comentários variam de “O Egito previu Os Simpsons” a “Marge?” e até “Diga que isso não é a Marge Simpson.” Uma pessoa brincou: “Egípcios e gregos eram vizinhos, então não é tão louco que ela tenha se casado com Homer.”

Os caixões do Novo Império geralmente apresentavam tampas com entalhes e pinturas que retratavam os falecidos, divindades e cenas do Livro dos Mortos. Essas descobertas são inestimáveis para historiadores e arqueólogos. Elas ajudam a montar o quebra-cabeça do cronograma da 20ª Dinastia e fornecem insights sobre as condições socioeconômicas e práticas culturais do período.

O Egyptian Gazette relata que esse caixão específico pertencia a Tadi Ist, filha do Sumo Sacerdote de Djehouti em Ashmunein. A mulher mumificada tinha uma máscara e um vestido de contas sobre seu corpo, adicionando à natureza ornamentada do sepultamento.

“É uma cena rara e importante. Cada cena da hora tem sua forma,” disse Mostafa Waziri ao veículo de comunicação.

Então, embora possa parecer que os antigos egípcios tiveram uma visão profética de Os Simpsons, é provavelmente apenas uma coincidência divertida que nos lembra como a história pode ser interconectada e divertida. A semelhança é incrível e encantadora, oferecendo um toque humorístico ao rico tecido do passado antigo do Egito.

A civilização egípcia

A civilização egípcia, uma das mais antigas e duradouras da história, floresceu ao longo das margens do rio Nilo. O rio, com suas cheias anuais, fornecia um solo fértil que permitia a agricultura sustentável, formando a base econômica da sociedade egípcia. As colheitas abundantes garantiam não apenas a subsistência, mas também permitiam o desenvolvimento de uma complexa sociedade estratificada, composta por camponeses, artesãos, comerciantes, sacerdotes e a elite governante.

Os egípcios desenvolveram uma escrita própria, conhecida como hieróglifos, que era utilizada em monumentos, templos, e documentos administrativos. Essa escrita sagrada, complexa e simbólica, foi decifrada apenas no século XIX, após a descoberta da Pedra de Roseta. A escrita hieroglífica não só registrava eventos históricos, mas também desempenhava um papel fundamental nos rituais religiosos, destacando a crença na vida após a morte.

A religião era o eixo central da vida egípcia, com um panteão diversificado de deuses e deusas. Cada divindade representava aspectos específicos do mundo natural e da experiência humana. Os faraós, considerados divindades vivas, atuavam como intermediários entre os deuses e o povo. O culto aos mortos e a preparação para a vida após a morte eram aspectos essenciais, refletidos nos elaborados rituais funerários e na construção das famosas pirâmides e tumbas no Vale dos Reis.

A arquitetura egípcia é famosa por suas construções monumentais, como as Pirâmides de Gizé e o Templo de Karnak. Esses edifícios não eram apenas demonstrações de poder e habilidade técnica, mas também serviam propósitos religiosos e funerários. As pirâmides, em particular, eram vistas como escadas para o céu, facilitando a ascensão do faraó para se juntar aos deuses. A precisão com que esses monumentos foram construídos ainda impressiona arquitetos e engenheiros modernos.

Além de sua arquitetura impressionante, os egípcios fizeram avanços significativos em diversas áreas do conhecimento, incluindo medicina, matemática e astronomia. Eles praticavam procedimentos médicos avançados para a época, como cirurgias e o uso de remédios à base de plantas. Seus conhecimentos matemáticos eram aplicados na construção e na administração do reino, enquanto suas observações astronômicas ajudavam a criar um calendário preciso, fundamental para a agricultura e os festivais religiosos. Essa combinação de ciência, arte e espiritualidade moldou uma civilização cujo legado perdura até os dias atuais.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.