Em algum momento entre os seus 2 e 3 anos de idade, o garoto John Ssebunya, natural do Congo, sofreu um trauma gigantesco ao ver seu pai assassinar a sua mãe. Assustado, o pequeno John, ainda bebê, rastejou para longe do seu pai, adentrando uma floresta. Lá, passaria por uma experiência que, no futuro, acabaria por lhe fazer conhecido no mundo inteiro.
Ao entrar na mata, John Ssebunya acabou desenvolvendo um laço incomum e impressionante com os macacos. De acordo com a entidade que tomou conta de John mais tarde em sua vida, um grupo de macacos o encontrou ainda bebê, sozinho na floresta, e tratou de ajudá-lo. Os animais, em um primeiro momento, foram cautelosos, mas levaram raízes, batatas e pequenas nozes até o menino que pouco a pouco foi se aproximando dos primatas.
Posteriormente, John acabou aprendendo a se comportar como os macacos, subindo em árvores, procurando comida e se locomovendo com a ajuda das mãos.
Sua história veio à tona apenas em 1991, quando uma habitante das imediações avistou algo diferente em um dos integrantes de um grupo de macacos. Ao ver que um dos supostos primatas não tinha rabo, ela decidiu observar mais de perto, e percebeu que, na verdade, se tratava de um menino. A mulher, chamada Millie, imediatamente foi procurar ajuda, e pouco tempo depois o garoto já estava em um orfanato.
Lá, John precisou aprender muitas coisas, e teve que se adaptar com a forma humana de viver. Até mesmo a alimentação foi um obstáculo, já que antes de ser totalmente adptado à comida normal ele passou por uma série de complicações e até mesmo doenças. Os médicos também perceberam que ele sofria com vermes, e retiraram do seu corpo tênias e outros parasitas com mais de 1 metro de comprimento.

Paul e Molly, responsáveis pelo orfanato onde John ficou hospedado, conversaram recentemente com o The Guardian, onde contaram um pouco mais sobre o “garoto primata”.
“Ele era um selvagem. Tinha muitos cabelos, seus joelhos haviam sido bem desgastados, pois ele andava se apoiando neles, e suas unhas haviam crescido muito, chegando até mesmo a enrolar. Não demorou para a história de John correr o mundo, e pouco tempo depois ela já havia sido tema até mesmo de um documentário produzido pela BBC. Muitos céticos, no entanto, passaram a duvidar da veracidade da história, que acabou sendo reconhecida pela antropóloga Mary-Ann Ochota, do Reino Unido.

“Não se trata de mais uma lenda, mas sim de um caso real que estamos investigando”, escreveu a especialista ao jornal ‘The Independent’.
Em uma das vezes em que conversou com os canais de comunicação, John afirmou que, no futuro, seu sonho era trabalhar com os animais, a quem ele diz ter um grande apreço e gratidão.