Você já se perguntou como é voar direto para um furacão? Bem, é exatamente isso que os corajosos cientistas da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) fazem! Eles não são apenas caçadores de tempestades; são caçadores de furacões, e o trabalho deles é tão emocionante quanto parece. Dessa vez, eles voaram no olho do furacão Beryl.
A NOAA possui dois aviões especiais apelidados de “Kermit” e “Miss Piggy” (sim, como os Muppets!). Esses laboratórios voadores entram no coração dos furacões para coletar informações cruciais.
Mas por que alguém iria querer voar para dentro de um furacão? A resposta é simples: para aprender mais sobre essas poderosas tempestades e ajudar a manter as pessoas seguras. Estudando os furacões de perto, os cientistas podem prever melhor para onde eles irão e quão fortes eles se tornarão.
Dentro desses aviões, não é um voo comum. Imagine a turbulência no máximo! Os pilotos e cientistas trabalham juntos como uma máquina bem lubrificada, usando sistemas de radar para espiar a estrutura da tempestade. Eles até lançam sensores especiais chamados “dropsondes” que descem de paraquedas pelo furacão, enviando dados sobre temperatura, umidade e velocidade do vento a cada poucos metros.
Uma das partes mais legais? Esses aviões podem voar direto para o olho do furacão – o centro calmo cercado por ventos furiosos. É uma vista que poucas pessoas têm a chance de ver!
Recentemente, os caçadores de furacões voaram para dentro do Furacão Beryl, que quebrou recordes como o furacão de Categoria 5 mais precoce no Atlântico.
O Comandante dos Caçadores de Furacões da NOAA, Scott Price, diz que você não pode realmente se preparar para voar através da parede do olho de um furacão. É algo que você precisa experimentar em primeira mão – atravessar uma parede de vento e chuva enquanto está no controle de uma aeronave.
Todo esse trabalho ousado não é apenas por adrenalina. Os dados coletados ajudam os meteorologistas a fazer previsões mais precisas, potencialmente salvando vidas e propriedades quando essas enormes tempestades se aproximam da terra.
Então, da próxima vez que você ouvir sobre um furacão nas notícias, lembre-se de que pode haver uma equipe de cientistas voando direto para ele, trabalhando duro para desvendar seus segredos e nos manter todos um pouco mais seguros.
Como os furacões se formam?
Os furacões são fenômenos meteorológicos impressionantes que começam de maneira bastante simples. Tudo começa com uma perturbação atmosférica sobre águas oceânicas quentes, geralmente próximas ao equador. Essas águas precisam ter uma temperatura de pelo menos 26,5°C até uma profundidade de cerca de 50 metros. O ar quente e úmido sobre essas águas aquecidas começa a subir, criando uma área de baixa pressão próxima à superfície do oceano.
À medida que o ar quente sobe, ele esfria e forma nuvens. A rotação da Terra (efeito Coriolis) faz com que esse sistema de nuvens e ventos comece a girar. Se as condições permanecerem favoráveis, com ventos constantes em diferentes altitudes e sem muito cisalhamento do vento, o sistema pode continuar a se organizar e intensificar. Conforme ganha força, mais ar úmido é puxado para o centro em níveis baixos, alimentando ainda mais o sistema.
O processo de intensificação continua, com a pressão no centro caindo cada vez mais e os ventos ao redor ficando mais fortes. Eventualmente, se todas as condições forem ideais, um olho se forma no centro do furacão. Este é uma área de ar calmo e céu claro, rodeada por uma parede de olho onde os ventos são mais intensos. Um furacão totalmente formado é uma máquina de calor gigante, extraindo energia do oceano quente e liberando-a através de chuvas torrenciais e ventos poderosos. É este processo fascinante, mas potencialmente destrutivo, que os cientistas da NOAA estudam de perto em suas missões de voo.