Há poucos dias, o governo de Donald Trump, que retomou a Casa Branca há menos de três semanas, começou a gerar debates intensos sobre um tema polêmico: os custos dos voos de deportação de imigrantes. Desde seu retorno ao cargo, o 47º presidente dos Estados Unidos já assinou uma série de ordens executivas, incluindo a suspensão da proibição do TikTok e a declaração de que “existem apenas dois gêneros”. Mas suas medidas na área de imigração estão chamando atenção global — e gerando perguntas sobre o preço dessa operação.
Antes mesmo de reassumir a presidência, Trump prometeu iniciar o “maior programa de deportação da história”, com o objetivo de expulsar “talvez até 20 milhões” de pessoas. Em discursos, ele afirmou que milhões de “estrangeiros criminosos” seriam devolvidos a seus países de origem. Para cumprir essa meta, o governo mobilizou agências como o FBI, a DEA (agência antidrogas), o Escritório de Prisões e o Serviço de Xerifes para rastrear informações sobre imigrantes indocumentados em bancos de dados federais.
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As políticas de imigração de Donald Trump são diferentes das de seu antecessor
Mas quanto isso está custando aos contribuintes americanos? Dados divulgados por veículos como o Mirror e o The Economic Times revelam números surpreendentes. De acordo com o Mirror, cada voo militar usado para deportações está custando US$ 4.675 por pessoa — valor cinco vezes maior que uma passagem de primeira classe em voos comerciais, que gira em torno de US$ 853. Já o The Economic Times detalha que os custos variam conforme o tipo de aeronave: um voo com o avião C-17 custa US$ 252 mil, enquanto um C-130E pode chegar a US$ 852 mil. Voos operados pelo Departamento de Segurança Nacional (DHS) têm um gasto médio de US$ 8.577 por viagem.
Apesar dos valores elevados, Trump segue determinado em sua estratégia. Em um discurso no clube de golfe Doral, no dia 3 de fevereiro, ele anunciou: “Pela primeira vez na história, estamos localizando e colocando ilegais em aeronaves militares para levá-los de volta aos seus países”. O presidente também destacou: “Estamos sendo respeitados novamente, depois de anos sendo ridicularizados como se fôssemos um povo tolo”.
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Os voos de Trump são caros
Uma das operações mais comentadas é o plano de deportar imigrantes de El Paso, no Texas, para a Guatemala. A medida faz parte de uma estratégia para ampliar a pressão sobre cidades consideradas “santuários” de imigrantes, locais onde autoridades locais limitam a cooperação com a política federal de deportação. Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, reforçou o tom do governo: “O presidente Trump está enviando uma mensagem clara ao mundo: se você entrar ilegalmente nos EUA, enfrentará consequências severas”.
Enquanto isso, especialistas questionam a eficácia do uso de recursos militares para deportações em massa. Além dos custos por passageiro, há desafios logísticos, como a necessidade de escolta armada em voos e a complexidade de coordenar deportações para países que nem sempre aceitam repatriar seus cidadãos rapidamente. Outro ponto levantado é o impacto orçamentário: em um contexto de gastos públicos já elevados em áreas como defesa e saúde, a prioridade dada às deportações pode gerar debates sobre alocação de recursos.
O tema também reacendeu discussões sobre as políticas de imigração dos EUA nas últimas décadas. Governos anteriores, incluindo o de Barack Obama, já realizaram deportações em grande escala — mas a retórica agressiva e os métodos adotados por Trump marcam um contraste com abordagens mais discretas. Para críticos, a estratégia atual não apenas gera custos altos, mas também riscos humanitários, como a separação de famílias e a deportação de pessoas que vivem há anos no país.
Enquanto o debate esquenta, uma coisa é certa: os voos de deportação continuarão a ser um dos símbolos da agenda de imigração de Trump — e seu custo financeiro permanece no centro das atenções.