Com as recentes notícias sobre o estado de saúde de Kim Jong-un, muito se tem especulado sobre sua possível morte. Assim sendo, Kim Yo-jong, a princesa norte-coreana e também chefe do departamento de propaganda do regime na Coréia do Norte, virou alvo da imprensa no mundo inteiro, pois de acordo com a linha de sucessão, seria ela quem ficaria no lugar do líder norte-coreano caso algo acontecesse com ele.

Kim Yo-jong teve uma vida bem diferente da de seu irmão: para iniciar, sua data de nascimento é incerta, pois os relatos da inteligência americana e da imprensa coreana diferem. Mas sabe-se que ela nasceu entre 1987 e 1989.
Yo-jong é a filha mais nova do relacionamento do falecido Kim Jong-il e Ko Yong-hui; durante sua infância ela recebeu uma educação militar e inclusive usava este uniforme em eventos sociais, como seu próprio aniversário. Durante a adolescência ela chegou morar em uma casa com o irmão na Suíça e toda uma equipe de segurança, para que pudesse estudar. Ela às vezes recebia visita da mãe quando a mãe alternava suas viagens entre a França e Suíça para tratar do câncer de mama que sofria.
Ainda adolescente, Kim Yo-jong retornou à Coréia do Norte e completou sua educação na Universidade de Pyongyang. Ela começou a ganhar notoriedade após a morte de seu pai Kim Yo-jong – apesar de sua carreira política ter começado antes disso – e sempre foi muito próxima do irmão Kim Jong-un e uma grande confidente dele.
Em 2014 Yo-jong assumiu a liderança do departamento de propaganda. Em tais funções ela foi vista acompanhando o irmão e, mesmo em 2018, atravessou a fronteira da Coréia do Sul e teve uma reunião com Moon Jae-in, presidente da Coréia do Sul, um momento que é indubitavelmente histórico – já que ambos os países ainda estão tecnicamente em guerra.

Por conseguinte, em março de 2020, Yo-jung fez sua primeira declaração pública na qual repreendeu a Coréia do Sul pela preocupação dos líderes daquele país sobre os testes que a Coréia do Norte havia realizado nas proximidades de sua fronteira.
Isso aumentou a pressão entre as nações e, como resultado, ela acabou se mostrando um grande destaque dentro do regime totalitário da Coréia do Norte.

Esse regime é por anos condenado por vários países do mundo, por conta do histórico de fome generalizada no país e pela violação dos direitos humanos. Apesar de haver um interesse pela mudança de regime na Coreia do Norte, Kim Yo-jung tem recuperado o interesse na mídia ocidental após rumores sobre a saúde de seu irmão e tudo indica que, caso algo aconteça com o atual líder, sua irmã continue arduamente o seu trabalho.