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Cientistas reviveram uma planta antiga a partir de sementes de 32.000 anos

Lucas R.

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Cientistas reviveram uma planta antiga a partir de sementes de 32.000 anos
Os cientistas conseguiram reviver uma planta antiga usando sementes de milhares de anos descobertas na Sibéria.

Uma equipe de pesquisadores russos fez uma descoberta inovadora ao regenerar com sucesso plantas de Silene stenophylla a partir de vagens de sementes de 32.000 anos. A conquista foi relatada em um artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

As sementes foram encontradas na Sibéria, enterradas por um esquilo durante a Idade do Gelo, cercadas por camadas de ossos de mamute, bisão e rinoceronte lanoso. A idade do lote de sementes maduras e imaturas foi confirmada por meio de datação por radiocarbono.

Apesar de estar coberta de gelo 37 metros abaixo do permafrost, a equipe conseguiu regenerar a Silene stenophylla, uma planta com flores brancas nativa da região, extraindo o tecido e germinando-o em frascos de vidro. Isso marcou um novo recorde, com a planta regenerada mais antiga sendo uma tamareira da Judéia, datada de cerca de 2.000 anos atrás.

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No estudo, a equipe descreveu a conservação a longo prazo de material biológico viável como um “importante desafio científico”. Eles também afirmaram que a criopreservação natural do tecido vegetal ao longo de muitos milhares de anos demonstrou ‘um papel para o permafrost como depositário de um antigo fundo genético, ou seja, vida preexistente, que hipoteticamente há muito tempo desapareceu da superfície da Terra, uma fonte potencial de antigo germoplasma e um laboratório para o estudo das taxas de microevolução’.

A pesquisa tem implicações significativas para o campo da biotecnologia vegetal. A capacidade de reviver espécies de plantas antigas pode ajudar a diversificar os fundos genéticos, o que pode ser benéfico diante das mudanças climáticas.

Cientistas reviveram uma planta antiga a partir de sementes de 32.000 anos

Isso também pode levar à descoberta de novos compostos medicinais e outros compostos úteis que podem ser usados na agricultura, medicina e indústria. A descoberta também pode nos ajudar a entender como as plantas evoluíram ao longo do tempo e como elas podem se adaptar a ambientes em mudança.

É importante notar que a pesquisa sobre este tópico ainda está em andamento e mais estudos são necessários para entender completamente as implicações da regeneração de espécies de plantas antigas. Mas esta descoberta é um grande avanço no campo da biotecnologia vegetal, abrindo novas portas para pesquisas e possíveis aplicações. Isso demonstra o potencial do permafrost como uma “cápsula do tempo” natural que contém vida antiga e diversidade genética que pode ser útil para o futuro do nosso planeta.

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Editor-chefe do portal Mistérios do Mundo desde 2011. Adoro viajar, curtir uma boa música e leitura. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.