A música grega antiga há tempos é um grande mistério. Sabe-se, no entanto, que a música era onipresente na Grécia clássica, com a maior parte das canções de 750 aC a 350 aC – poesias de Homero, Safo e outros – compostas e cantadas com vocais, às vezes acompanhada de dança. Há vários registros literários que nos dão um vislumbre de notas, escalas e instrumentos utilizados na época. Um dos mais populares era a lira, bem como aulos, um instrumento de sopro de dois canos que eram tocados ao mesmo tempo por um único músico para soar como dois oboés poderosos tocados em concerto.

E embora sempre tenhamos tido uma vasta abundância de informações a respeito das músicas que os antigos gregos faziam, o sentido e o som tocados na Antiguidade sempre se mostraram surpreendentemente elusivos, pois os termos e noções encontrados nesses registros são bastante complicados. É possível recriar alguma coisa com base apenas nas notas e instrumentos, mas a música fica escassa e fragmentada. O que havia sido reconstruído em 2016 ainda não chega nem perto de nos dar um vislumbre da arte que poderia ter sido a música grega.
Aí está a reconstrução antiga. Ouça e compare mais a frente com a última reconstrução.
https://www.youaatube.com/watch?v=xI5BQqgO-oY
Um ano depois, pesquisadores reviram animadamente essa versão sombria. Um projeto para pesquisar a música grega antiga que vem desde 2013 tem gerado ideias incríveis sobre como os antigos gregos faziam música.
Com análise de novos papiros e transcrições descobertos (e novas análises de antigos), os pesquisadores foram capazes de entender muito melhor como as melodias e harmonias soavam nas praças de Atenas.
E o resultado foi esse:
https://www.youaatube.com/watch?v=4hOK7bU0S1Y