Cientistas, insatisfeitos com apenas fósseis e exposições em museus, estão arregaçando as mangas para realizar uma façanha que parece saída diretamente de “Jurassic Park”. Sim, estamos falando da ressurreição real de criaturas que não respiram há milhares, senão milhões, de anos. A equipe da Colossal Biosciences está preparando o terreno para um retorno triunfal do mamute – literalmente. Eles estão mirando em um trio de espécies extintas, incluindo o mamute lanoso, que vagou pela Terra pela última vez há cerca de 4.000 anos.
Agora, antes que você zombe e diga, “Isso é coisa de filme”, segure as pontas. Os cérebros por trás deste projeto ambicioso não estão apenas sonhando acordados. Eles marcaram 2028 em seus calendários, apontando-o como o ano em que pretendem transformar a ficção científica em fato científico. Ao lado do mamute, eles estão de olho na ressurreição do pássaro dodô e do tigre da Tasmânia, ambos símbolos da extinção impulsionada pelo homem.
Ben Lamm, o grande chefe da Colossal, não usa meias palavras. “Temos toda a tecnologia de que precisamos”, afirma ele, que diz que não é uma questão de se, mas de quando. O ingrediente secreto para essa façanha jurássica? Um toque de magia genética e uma pitada de inteligência artificial. Cientistas planejam peneirar a essência genética dessas criaturas extintas, identificar o que as tornava únicas e, então, costurar esses traços no DNA de seus parentes vivos mais próximos.
Lamm explica o processo como uma espécie de quebra-cabeça genético, mas com um twist. Em vez de usar DNA de sapo para preencher as lacunas como nos filmes, eles estão utilizando IA para garantir que os genes do mamute se encaixem perfeitamente nos genomas dos elefantes. É como dar aos elefantes uma reforma genética de mamute.
Mas aqui está o ponto crucial – como se dá à luz a um mamute no mundo de hoje? A resposta da equipe: pegar emprestado o útero de um elefante asiático. Cada espécie que estão tentando ressuscitar apresenta seu próprio conjunto de desafios. Para o mamute, trata-se de navegar pela maratona de gravidez de 22 meses. E para o dodô? Eles estão pensando em usar galinhas como mães substitutas.
No entanto, não se trata apenas de desvendar o código genético e comemorar no laboratório. Há um grande “elefante” na sala – para onde vão esses gigantes ancestrais uma vez que voltarem? Não é como se houvesse um Airbnb pré-histórico onde eles possam se hospedar. Lamm e sua equipe estão mergulhados em conversas com autoridades locais, conservacionistas e comunidades indígenas, traçando um grande plano para reintroduzir essas espécies na natureza.
Então, enquanto você assimila a ideia de mamutes passeando pelo século 21, lembre-se: isso não é apenas um devaneio. É um testemunho da engenhosidade humana e talvez uma chance de corrigir alguns erros do passado. Só não espere um parque temático com brinquedos de dinossauros tão cedo.