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Cientistas descobrem uma pequena espécie de tubarão que brilha no escuro

Lucas R.

Publicado em

Se você é uma daquelas pessoas que acha os tubarões assustadores, essa espécie recém-descoberta pode te fazer mudar de ideia.

Se você é uma daquelas pessoas que acha os tubarões assustadores, essa espécie recém-descoberta pode te fazer mudar de ideia.

Primeiro, tem apenas 14 centímetros de comprimento e tem seus próprios bolsos escondidos atrás de suas barbatanas peitorais, com glândulas internas que produzem um fluido bioluminescente.

Ele também tem órgãos produtores de luz chamados fotóforos em todo o corpo – então, sim, esse minúsculo tubarão brilha no escuro.

Este tubarão foi descoberto no Golfo do México em fevereiro de 2010, mas só agora foi classificado como uma nova espécie e é um dos dois únicos “tubarões de bolso” já encontrados.

“Na história da ciência pesqueira, apenas dois tubarões de bolso já foram capturados ou vistos”, disse Mark Grace, biólogo da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA). “Ambas são espécies separadas. Ambas são extremamente raras.”

O primeiro tubarão de bolso (Mollisquama parini) já descoberto foi encontrado ao largo da costa do Chile na Faixa Submarina de Nazca, em 1979, e descrito em 1984.

Aquele tubarão era uma fêmea adulta, com cerca de 40 centímetros de comprimento.

E então nada. Não foram encontradas mais espécies até que esse macho jovem recém-descrito fosse encontrado em 2010. Então, por que tanta demora?

Infelizmente, ainda não sabemos. O oceano é um lugar grande e só exploramos uma pequena quantidade dele.

Os tubarões de bolso também vivem bem abaixo da superfície da água – o tubarão de bolso original foi encontrado a 330 metros de profundidade.

“O fato de que apenas um tubarão de bolso já foi relatado no Golfo do México, e que é uma espécie nova, ressalta o quão pouco sabemos sobre o Golfo – especialmente sobre suas águas mais profundas – e quantas novas espécies adicionais dessas águas aguardam descobertas”, explicou Henry Bart, diretor do Instituto de Pesquisa da Biodiversidade de Tulane.

Os pesquisadores usaram imagens de raios X e tomografia computadorizada de alta resolução para dar uma olhada tanto no exterior quanto no interior do tubarão e ver como as duas espécies diferiam.

Ambas as espécies têm os pequenos e fofos bolsos que produzem fluido bioluminoso (estes ficam perto das brânquias) e têm características semelhantes.

No entanto, o tubarão de bolso de M. mississippiensis tem menos vértebras e possui fotóforos, enquanto o tubarão de bolso original não possui.

A pesquisa foi publicada em Zootaxa.

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Editor-chefe do portal Mistérios do Mundo desde 2011. Adoro viajar, curtir uma boa música e leitura. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.

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