A questão de saber se existe vida após a morte tem sido um tema de debate há séculos. Enquanto algumas religiões acreditam na existência de uma vida após a morte, a ciência parece sugerir o contrário.
De acordo com Sean Carroll, cosmólogo e professor de física do Instituto de Tecnologia da Califórnia, não há evidências para apoiar a ideia de que a consciência humana existe fora do corpo como uma alma. Carroll aponta para a Teoria Quântica de Campos (QFT) como evidência de que não há vida após a morte, já que nenhuma partícula “espírita” foi descoberta por testes quânticos.
A QFT é um ramo da física teórica que busca entender o comportamento das partículas em um nível quântico. Ela afirma que cada tipo de partícula tem um campo dentro do universo, e nenhuma partícula “espírita” foi descoberta por meio desses testes. Isso significa que não há evidências científicas para apoiar a existência de uma vida após a morte, pois as leis da física que regem a vida cotidiana são totalmente compreendidas.
Embora esta notícia possa ser desanimadora para muitos crentes, ainda há aqueles que afirmam ter experimentado a vida após a morte.
Experiências de quase morte (EQMs) foram relatadas por indivíduos que estiveram perto da morte, e algumas dessas experiências envolvem encontros com entes queridos falecidos ou seres espirituais.
No entanto, Carroll argumenta que essas experiências podem ser explicadas pela resposta do cérebro ao trauma e que não há evidências que sugiram que sejam evidências de uma vida após a morte.
Apesar disso, alguns indivíduos que tiveram EQMs estão convencidos de que experimentaram a vida após a morte. Jose Hernandez, um “verdadeiro ateu”, afirmou ter tido uma EQM que mudou sua visão da vida e da morte.
Hernandez parou de respirar durante uma emergência médica e afirmou ter visto espíritos antes de se reunir com seu falecido pai no céu. Ele acredita que há mais na vida do que pode ser explicado pela ciência e que a consciência existe fora do corpo físico.
Scott Drummond, outro indivíduo que teve uma EQM, afirmou ter morrido por “20 minutos” e foi transportado para um campo de flores. Ele encontrou paz neste lugar e lembrou-se das cores vivas das flores.
Embora essas experiências sejam poderosas e convincentes para aqueles que as tiveram, elas não fornecem evidências científicas de vida após a morte, pois elas podem ser explicadas pelo aumento no nível de atividade cerebral instantes antes da pessoa morrer, como um mecanismo de defesa do corpo para que a pessoa “vá em paz”.