Christopher McCandless foi um jovem cuja vida e morte trágica capturaram a imaginação de muitos. Nascido em 1968, McCandless cresceu em uma família de classe média na Virgínia. Após se formar na Universidade Emory em 1990, ele tomou uma decisão que mudaria o curso de sua vida para sempre.
Inspirado pelo individualismo robusto retratado em “O Chamado Selvagem” de Jack London, McCandless escolheu rejeitar o materialismo da sociedade moderna. Ele doou todas as suas economias para caridade e embarcou em uma jornada que o levaria, em última instância, à natureza selvagem do Alasca.
Em abril de 1992, aos 24 anos, McCandless pegou carona até o Alasca. A última pessoa a vê-lo vivo foi Jim Gallien, um eletricista que lhe deu uma carona. Gallien mais tarde lembrou-se de estar preocupado com o quão despreparado McCandless parecia para a rigorosa natureza selvagem do Alasca. Ele até tentou convencer o jovem a adiar sua viagem, mas McCandless estava determinado a prosseguir.
Com apenas alguns livros, um rifle e um pouco de arroz, McCandless aventurou-se na selva. Ele encontrou um ônibus abandonado, conhecido como Ônibus 142, ao longo da Trilha Stampede. Esse ônibus se tornou sua casa pelos próximos 113 dias, enquanto ele tentava viver da terra.
Durante seu tempo na selva, McCandless manteve um diário e tirou fotografias, que foram recuperadas posteriormente. Esses documentos forneceram valiosos insights sobre suas experiências e estado de espírito durante seus últimos meses.
À medida que o tempo passava, McCandless começou a perceber a gravidade de sua situação. Ele tentou deixar a área, mas não conseguiu atravessar um rio que havia ficado inchado com o degelo da primavera. Esse obstáculo provou ser um ponto de virada crítico em sua jornada. Tragicamente, um mapa detalhado da área teria mostrado a ele uma rota alternativa para a segurança, mas ele não tinha um consigo.
Ciente de que enfrentava circunstâncias terríveis, McCandless deixou uma mensagem desesperada na janela do ônibus. Ela dizia: “Atenção Visitantes Possíveis. S.O.S. Preciso de sua ajuda. Estou ferido, à beira da morte e muito fraco para sair caminhando. Estou completamente sozinho, isso não é uma piada. Em nome de Deus, por favor, permaneçam para me salvar. Estou coletando frutas aqui perto e voltarei esta noite. Obrigado, Chris McCandless. Agosto?”
Além deste pedido de ajuda, McCandless também escreveu o que parecia ser uma mensagem de despedida. Ele tirou uma fotografia de si mesmo segurando um bilhete que dizia: “Tive uma vida feliz e agradeço ao Senhor. Adeus e que Deus abençoe a todos!”
McCandless sobreviveu por 113 dias na selva do Alasca antes de sucumbir à fome ou ao envenenamento por plantas selvagens que havia comido. Quando seu corpo foi encontrado por caminhantes, ele pesava apenas 30 kg.
A história de Chris McCandless tornou-se desde então o tema de muita discussão e debate. Alguns veem sua jornada como uma tentativa corajosa de viver a vida em seus próprios termos, livre das restrições sociais. Outros a veem como uma advertência sobre os perigos de estar despreparado na selva.
Jon Krakauer, um escritor e montanhista americano, ficou fascinado pela história de McCandless. Ele escreveu um livro intitulado “Na Natureza Selvagem”, que mais tarde foi adaptado para um filme de mesmo nome. Essas obras ajudaram a levar a história de McCandless a um público mais amplo, provocando conversas sobre individualismo, sociedade e nossa relação com a natureza.
Nos anos que se seguiram à morte de McCandless, o Ônibus 142 tornou-se um local de peregrinação para aqueles inspirados por sua história. No entanto, isso levou a inúmeras operações de resgate para caminhantes que tentavam chegar ao ônibus. Em 2020, as autoridades do Alasca decidiram remover o ônibus de seu local para evitar mais incidentes.
A história de Chris McCandless continua a ressoar com muitas pessoas. Ela levanta questões sobre o equilíbrio entre perseguir os próprios sonhos e entender as realidades do mundo natural. Embora sua jornada tenha terminado em tragédia, a busca de McCandless por significado e sua rejeição das normas sociais deixaram um impacto duradouro naqueles que conhecem sua história.