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China perfura buraco de 6.000 metros e espera superar os 11.000

Lucas R.

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China perfura buraco de 6.000 metros e espera superar os 11.000
A China perfura um buraco inédito de 6.000 metros em busca de avanços científicos e recursos. Entenda os desafios e impactos desse projeto

Em um feito impressionante de engenharia e exploração científica, a China perfurou um buraco que atinge 6.000 metros na crosta terrestre no deserto de Taklimakan, parte da bacia endorreica de Tarim, localizada na região autônoma de Xinjiang Uyghur, no oeste da China.

Com o objetivo ambicioso de sondar ainda mais fundo, a missão planeja alcançar a incrível profundidade de 11.100 metros. Apesar dos desafios monumentais apresentados pelas condições subterrâneas difíceis e complexas da bacia de Tarim, as autoridades chinesas informam que já navegaram com sucesso através de 10 estratos continentais. Este projeto de perfuração ambicioso não só marca um marco na pesquisa geológica, como também potencialmente revela recursos ocultos e vias para novas tecnologias.

Como a China Perfura o Buraco Mais Profundo de sua História

Lançada em 30 de maio, a operação de perfuração já ultrapassou marcos iniciais. Utilizando equipamentos especializados, incluindo brocas e tubos de perfuração que pesam mais de 2.000 toneladas, o projeto cruzou com sucesso a barreira dos 6.000 metros. Esse avanço aconteceu em 27 de agosto, tornando-se o poço mais profundo já perfurado na história chinesa. Para contextualizar, o buraco mais profundo já perfurado pelos seres humanos é o Poço Superprofundo de Kola no Ártico russo, iniciado pela União Soviética em 1970 e atingindo uma profundidade de 12.262 metros antes de ser fechado em 2008.

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Os desafios de perfurar na bacia de Tarim são imensos. Além de seu ambiente terrestre implacável, a bacia apresenta condições subterrâneas complicadas. Isso torna o progresso da China ainda mais notável e destaca a tecnologia avançada e a expertise empregadas. A missão requer mais mão de obra do que a perfuração de petróleo convencional, o que ilustra a escala monumental da operação. Além disso, ferramentas customizadas são necessárias para navegar pelo terreno desafiador.

A obra levará pelo menos 457 dias e possui necessidades tecnológicas adaptadas ao ambiente.
A obra levou pelo menos 457 dias e possui necessidades tecnológicas adaptadas ao ambiente.

Embora as autoridades afirmem que o projeto serve principalmente para exploração científica, os detalhes ainda são um tanto quanto evasivos. Essa falta de detalhes levou a especulações sobre objetivos adicionais por trás desse esforço colossal. Fontes chinesas sugerem que o projeto visa identificar recursos minerais ou avaliar riscos ambientais. Além disso, a operação serve como um campo de testes para tecnologias de perfuração subterrânea profunda, um setor que a China parece ansiosa para dominar. Enquanto isso, um trabalhador contou a uma emissora de TV chinesa local que o poço tem como objetivo explorar petróleo e gás em profundidades sem precedentes.

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Falando em termos geológicos, o buraco penetra apenas na crosta superior da litosfera, uma camada de até 120 quilômetros de profundidade. Conforme a broca afunda ainda mais, ela encontrará rochas que datam de 145 milhões de anos, do período Cretáceo, oferecendo insights geológicos inestimáveis. O processo total pode exigir mais de 450 dias de trabalho, mas as informações coletadas podem ser revolucionárias.

Em resumo, à medida que a China perfura este buraco em profundidades inexploradas, o mundo assiste atentamente. Seja para pesquisa científica, descoberta de recursos ou teste de tecnologia, o projeto sem dúvida marca uma conquista monumental no campo das ciências da terra.

Com informações de Xinhua, Europa Press, El Economista

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Editor-chefe do portal Mistérios do Mundo desde 2011. Adoro viajar, curtir uma boa música e leitura. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.