Um brasileiro foi assaltado em um metrô de Doha, no Catar, na última terça-feira (23), e assim como uma repórter argentina, passou por uma situação diferente: ele foi perguntado sobre qual pena desejaria aplicar no ladrão.
A pergunta foi feita em uma delegacia de Doha, quando um policial questionou o rapaz brasileiro de 32 anos sobre a pena a ser aplicada no infrator. O homem, que preferiu manter o anonimato, perguntou ao policial se os cataris sempre perguntavam isso às vítimas de assalto ou se essa era uma medida temporária que está sendo aplicada somente durante o torneio.
“E ele me respondeu que isso era invenção da mídia para prejudicar a imagem do Qatar no exterior. Minutos depois, o chefe dele apareceu e me fez essa exata pergunta”, disse o rapaz.
O capitão da polícia responsável chegou na sala que eu estava e me perguntou se eu queria deportá-lo ou prendê-lo”, contou.
O brasileiro ficou duas horas na delegacia, e preferiu deixar que as autoridades cataris decidissem a melhor punição ao ladrão. Segundo ele, a resposta não agradou as autoridades policiais.
“O pior é que acho que ele ficou ofendido com a minha resposta”, contou.
O furto aconteceu em um trem do metrô da capital Doha. Ele perdeu aproximadamente R$ 750 em dinheiro e cartões de crédito, que bloqueou imediatamente para evitar mais dores de cabeça.
“O vagão estava vazio e vi um grupo entrar. Um deles esbarrou em mim e pediu desculpas. Eles desceram na estação seguinte, até pensei que deveriam ter se enganado de linha”, apontou.