Com fósseis de décadas atrás acumulando poeira e o turbilhão da pandemia de COVID-19, muitos poderiam supor que a vida no museu havia parado. Mas é bem o contrário.
Nos corredores silenciosos e nos quartos mal iluminados, o Dr. Rozefelds cavava através de mistérios fossilizados e tropeçava em descobertas impressionantes. Por meio de seu trabalho detalhado, um ‘caso frio’ tornou-se quente, desvendando os segredos de um gigantesco escorpião do mar extinto chamado Woodwardopterus freemonorum, segundo o Science Times.
Primeiro, vamos esclarecer uma coisa. Esse não era apenas algum fóssil comum. Inicialmente encontrado na propriedade da família de Nick Freeman em Theodore, Queensland, Austrália, ele era um testemunho de uma criatura que perambulava pelas águas da Terra, esticando-se em quase dois metros de comprimento.
Imagine um escorpião do tamanho de um adulto! Pois é. Essa descoberta tornou-se um quebra-cabeça, com peças espalhadas pela comunidade científica, e sua resolução mudaria nosso entendimento da vida marinha pré-histórica.
Escorpião gigantes pré-histórico

O Dr. Rozefelds começou tirando a poeira dos fósseis e catalogando-os. Não era uma tarefa fácil, mas a paciência compensou quando as evidências apontaram que os fósseis pertenciam a algum tipo de artrópode.
Traçar semelhanças entre o fóssil encontrado e os espécimes de euriptéridos existentes foi o primeiro passo na direção certa. No entanto, só quando o Dr. Rozefelds uniu forças com seu colega alemão, o Dr. Markus Poschmann, o quebra-cabeça começou a fazer sentido.
Juntos, estudaram o espécime e, usando dados de sedimentos vulcânicos, rastrearam o fóssil até um tempo de cerca de 252 milhões de anos atrás. Desenterrando o fato de que essa criatura maciça foi um dos últimos euriptéridos a existir! Essa descoberta foi como uma cápsula do tempo, oferecendo um vislumbre do mundo aquático logo antes do evento de extinção do final do Permiano.
Mas o que é um euriptérido, você pergunta?
Imagine uma criatura monstruosa intimamente relacionada com nossas amigáveis aranhas e escorpiões do bairro, também conhecido como o escorpião do mar. Esses gigantescos artrópodes pré-históricos, com algumas espécies alcançando comprimentos de mais de dois metros e meio, nadaram pelos oceanos do planeta por mais de 200 milhões de anos.
No entanto, como todas as coisas boas, seu reinado chegou ao fim há cerca de 250 milhões de anos. O desaparecimento repentino dos euriptéridos coincidiu com um período de extinção massiva que exterminou vários grupos de animais.
Ainda assim, sua presença, especialmente a do Woodwardopterus freemonorum, em rios e lagos de água doce, mostra que eles foram um dos principais predadores de seu tempo, dominando o ecossistema aquático.
No fim, esses antigos escorpiões do mar revelam a impressionante e monstruosa vida marinha do distante passado da Terra. São descobertas como essas, escondidas nas prateleiras empoeiradas dos museus, que reiteram o potencial infinito da pesquisa científica e o fascínio duradouro da história de nosso planeta.
Então, da próxima vez que você pensar em criaturas marinhas, lembre-se de adicionar um escorpião de dois metros à sua lista. Afinal, as profundezas do oceano estão cheias de surpresas, tanto passadas quanto presentes!