As profissões onde os psicopatas são mais comuns, segundo a psicologia As profissões onde os psicopatas são mais comuns, segundo a psicologia

por Lucas Rabello
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Você já imaginou que algumas profissões que admiramos podem ser o ambiente ideal para pessoas com traços de psicopatia? Apesar do estereótipo que associa essa condição a criminosos, a realidade é bem diferente. Estudos indicam que entre 1% e 3% da população possui características psicopáticas, mas a maioria nunca comete um crime. Pelo contrário: muitos usam essas mesmas características para alcançar sucesso em carreiras que valorizam frieza emocional, autocontrol e ambição.

O psicólogo Kevin Dutton, autor do livro A Sabedoria dos Psicopatas, revelou como certas profissões atraem pessoas com esse perfil. Em vez de violência ou impulsividade, elas usam habilidades como charme superficial, capacidade de manipulação e uma impressionante resistência ao estresse para prosperar. Esses indivíduos costumam ser altamente funcionais, racionais e até encantadores, características que os ajudam a subir em hierarquias profissionais.

As profissões onde a psicopatia se destaca

Dutton identificou dez áreas em que pessoas com traços psicopáticos têm maior probabilidade de se destacar. Em décimo lugar estão os funcionários públicos, que encontram em estruturas hierárquicas estáveis a chance de exercer poder de forma organizada. Na nona posição, chefs de cozinha, que lidam com pressão extrema e ambientes caóticos sem perder o controle.

O oitavo lugar é ocupado por líderes religiosos, que usam o púlpito para influenciar multidões. Em seguida, policiais (sétimo), que exercem autoridade direta, e jornalistas (sexto), habilidosos em investigar e expor informações sem hesitação. Cirurgiões aparecem em quinto lugar, graças à capacidade de tomar decisões críticas sem envolvimento emocional, mesmo diante da morte.

O quarto lugar vai a comerciantes, que combinam carisma e persuasão para maximizar lucros. Na terceira posição, apresentadores de TV e rádio, que buscam fama e dominam a atenção do público. Advogados ficam em segundo, usando lógica implacável e estratégias frias para vencer disputas. No topo, CEOs: líderes empresariais cuja capacidade de decisões duras e visão pragmática os levam ao ápice do poder corporativo.

Polêmicas e surpresas

Quando a lista viralizou nas redes sociais, as reações variaram entre reconhecimento e críticas. Advogados brincaram sobre colegas “sem escrúpulos”, enquanto usuários questionaram a ausência de políticos — grupo frequentemente associado a manipulação. Alguns até sugeriram que psicólogos deveriam entrar na lista, já que lidam com emoções alheias de forma analítica.

O debate mostra como traços psicopáticos, em doses moderadas, podem ser recompensados socialmente. Em ambientes competitivos, onde resultados importam mais que métodos, a falta de empatia ou a ambição sem limites muitas vezes passam despercebidas — ou são até celebradas como “determinação”.

E você? Já encontrou alguém em seu trabalho que se encaixe nesse perfil? A resposta pode ser mais comum do que imagina.

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.