Um hospital há muito abandonado, de pé como um sentinela silencioso, suas janelas escuras olhando para a cidade de Nova Orleans, nos EUA. Tem sido assim desde o Furacão Katrina em 2005, um monumento fantasmagórico ao que foi. Mas então, em 2015, algo estranho chama a atenção—um brilho, um lampejo de luz vindo de dentro dessa estrutura desolada.
Entra Mike Arbon, um cidadão comum, que primeiro avista a anomalia. O burburinho começa pequeno, um sussurro aqui, um compartilhamento ali, até que Lisa Walley Staggs lança o mistério na frenesi das redes sociais. “Do outro lado do meu local de trabalho, há o Hospital Charity, todo melancolia e desolação desde que o Katrina atingiu”, ela posta, junto com fotos que logo incendeiam a internet. “Mas esta noite, algo está diferente. No meio dessa escuridão, vejo o brilho suave de uma pequena árvore de Natal. Sem ideia de como ela está lá, ou quem a acendeu, mas ei, é um lampejo de alegria em um lugar inesperado.”
Seguem-se as especulações selvagens e os debates noturnos. “Será que alguém está se abrigando lá dentro, tendo um pequeno Natal alegre?” um internauta reflete, um tanto perturbado pela ideia. Outro entra na conversa com uma teoria sobre um Papai Noel secreto, sorrateiro, mas festivo, deixando sua marca no local mais fantasmagórico.
A polícia intervém, com sua curiosidade aguçada pela crescente sensação viral. Eles mergulham no mistério, montando uma narrativa de invasão. “A ideia de alguém de uma brincadeira de feriado”, eles sugerem, apontando para a árvore de Natal improvisada—um par de duas por quatro envolvidas em luzes cintilantes, de pé sentinelas pela janela. Leslie Capo, falando em nome do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual da Louisiana, confirma a teoria da invasão, embora o quem e o porquê permaneçam envoltos em mistério.
E assim, o conto da árvore de Natal do Hospital Charity adiciona outra camada à rica tapeçaria de Nova Orleans do inexplicável e do incomum. Uma cidade que abraça o estranho se encontra no centro de um enigma natalino, um que permanece sem solução, uma história que continua a sussurrar pelas ruas da Big Easy.