Arqueólogos revelam plano para desenterrar a “Arca de Noé” após descoberta revolucionária de 5.000 anos

por Lucas Rabello
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Um grupo de arqueólogos está prestes a iniciar uma investigação que pode reescrever uma das histórias mais antigas da humanidade. Eles acreditam ter encontrado evidências que apontam para o local de repouso final da Arca de Noé, descrita na Bíblia como a embarcação que salvou animais de todas as espécies durante um dilúvio enviado por Deus. O alvo das pesquisas é a formação de Durupinar, uma estrutura geológica de 164 metros localizada no leste da Turquia, que há décadas desperta debates entre cientistas e entusiastas das narrativas bíblicas.

A formação, composta principalmente de limonita — um mineral que muitas vezes se assemelha a restos de metal oxidado —, tem dimensões que coincidem com as descrições da Arca presentes no Livro do Gênesis. Porém, até recentemente, a maioria dos pesquisadores considerava o local uma curiosidade geológica, não uma prova histórica. Isso começou a mudar quando análises de amostras de rochas e solos revelaram componentes incomuns: materiais semelhantes a argila, depósitos marinhos e até fragmentos de moluscos. Esses elementos sugerem que a região pode ter sido submersa no passado, alinhando-se com a narrativa do dilúvio.

O suposto local da Arca de Noé (Escaneamentos da Arca de Noé)

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Os cientistas também identificaram diferenças químicas entre o interior e o exterior da estrutura. Dentro da suposta “arca”, o solo apresenta pH mais baixo, maior concentração de matéria orgânica e níveis elevados de potássio — características que, segundo os pesquisadores, são compatíveis com a decomposição de madeira ao longo de milênios. Além disso, em 2019, varreduras com radar de penetração no solo detectaram formas retangulares sob a superfície, possivelmente indicando estruturas artificiais.

Apesar das descobertas animadoras, a equipe mantém cautela. Andrew Jones, um dos líderes da pesquisa, explicou que o local fica em uma área de deslizamentos de terra ativos, com invernos rigorosos, o que exige cuidados especiais para preservar possíveis artefatos. Por isso, antes de qualquer escavação, universidades turcas parceiras do projeto realizarão testes não invasivos, como amostragens de solo, escaneamentos por radar e perfurações de núcleo. Essas técnicas permitirão mapear o subsolo sem danificar eventuais vestígios históricos.

“Nosso objetivo é confirmar se as estruturas detectadas são realmente obra humana ou apenas formações naturais”, disse Jones. “Só depois de reunir evidências sólidas e elaborar um plano de preservação adequado é que partiremos para a escavação.” O processo deve levar anos, mas, se bem-sucedido, pode revelar artefatos de um período há cerca de 5.000 anos — época em que estudiosos situam o evento do dilúvio.

Os escaneamentos de 2019 mostraram resultados interessantes (Escaneamentos da Arca de Noé)

Os escaneamentos de 2019 mostraram resultados interessantes (Escaneamentos da Arca de Noé)

Enquanto isso, a comunidade científica aguarda com expectativa (e dúvidas). A formação de Durupinar já atraía peregrinos e turistas devido à sua forma alongada, que lembra o casco de um navio. Caso as escavações confirmem a presença de madeira fossilizada ou outros materiais associados à construção de embarcações antigas, a descoberta seria um marco para a arqueologia, unindo mito e ciência de forma sem precedentes.

No entanto, muitos especialistas independentes pedem prudência. Estruturas geológicas podem enganar até mesmo olhos treinados, e a busca pela Arca de Noé já gerou falsos alarmes no passado. Ainda assim, a combinação de dados químicos, geofísicos e geológicos torna este caso um dos mais promissores já investigados.

Os próximos passos incluem ampliar a coleta de amostras e aprofundar os estudos com tecnologia de ponta. Se tudo correr conforme o planejado, dentro de alguns anos, escavadeiras e pás poderão finalmente revelar o que está escondido sob as camadas de terra e rocha — seja um capítulo esquecido da história humana ou simplesmente mais uma formação impressionante da natureza.

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.

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