Nas terras acidentadas da Arábia Saudita, onde os sussurros dos tempos antigos permanecem entre rochas vulcânicas, jaz um mistério tão intrigante quanto antigo. Bem-vindos a Harrat Khaybar, pessoal – um lugar que está reescrevendo as poeirentas páginas da história do Oriente Médio, uma escavação de cada vez. Isso não é uma escavação arqueológica comum; é uma viagem de volta ao tempo em que as agora áridas terras eram exuberantes e repletas de vida.
Vamos pintar o quadro: vastos campos vulcânicos, ao norte de Medina, no coração do Hejaz. Definitivamente, não é o tipo de lugar que você esperaria que os primeiros humanos frequentassem, certo? Errado. Contra todas as probabilidades, esses “portões do inferno” – como os pesquisadores os chamaram – são uma mina de ouro da história humana. Estamos falando de milhares de estruturas aqui, pessoal. E não, essas não são as antigas ruínas comuns. Essas belezuras são antigas com A maiúsculo, datando de algum lugar entre 4.000 e 7.000 anos.
Fotos aéreas capturaram a grandeza do que os locais chamam de ‘mustatil’ – isso é ‘retângulo’ para aqueles que pularam a aula de árabe. Essas estruturas são tão antigas que até os beduínos se referem a elas como as obras dos ‘homens antigos’.
Mas aqui é onde fica interessante. Dr. Hugh Thomas, da Universidade da Austrália Ocidental, tem se sujado em Harrat Khaybar. E adivinha? Ele acredita que esse lugar poderia virar nosso entendimento do Oriente Médio de cabeça para baixo. Enquanto todos estavam obcecados pelo Crescente Fértil, Harrat Khaybar estava aqui, guardando segredos de um passado mais verde e mais vivo.
E antes que você pergunte, “Mas para que serviam essas estruturas?” – calma lá. Essa é a pergunta de um milhão de dólares. O Professor David Kennedy, também envolvido nas escavações, também está coçando a cabeça. Rituais? Talvez. Uso prático? Parece improvável. Esses antigos arquitetos não estavam apenas brincando na areia; eles estavam fazendo algo profundo, algo que nada tinha a ver com a sobrevivência do dia a dia.
Então, qual é a grande questão, você pergunta? Imagine um lugar tão áspero, tão implacável, que foi apelidado de ‘portões do inferno’. E ainda assim, aqui estamos nós, descobrindo um capítulo de resiliência humana, criatividade e, talvez, espiritualidade, que nos conta a história de um povo que prosperou contra todas as probabilidades.