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Após cantar por 106 horas, candidato é desqualificado pelo Guinness 

A única coisa pior do que cantar por mais de 100 horas seguidas é descobrir que tudo foi em vão. Foi o que aconteceu com o cantor dominicano Carlos Silver que, após se apresentar por 106 horas consecutivas na tentativa de estabelecer um novo recorde mundial, soube que sua tentativa foi desqualificada pelo Guinness.

Na semana passada, o artista chamado Carlos Silver tocou mais de 5 mil músicas em uma tentativa de quebrar o recorde do Guinness do cantor indiano Sunil Waghmare, que em 2012 cantou por 105 horas consecutivas. Esta foi a segunda chance de Silver no recorde de maior maratona de canto do mundo por um indivíduo, após sua tentativa malsucedida em 2016. No final de sua performance épica de 5 dias, o cronômetro mostrou que ele vinha cantando há 106,7 horas, mais de uma hora a mais que o recorde de Waghmare, mas sua alegria logo se transformou em desapontamento, pois os oficiais do Guinness o desqualificaram por quebrar as regras estritas da organização.

De acordo com a Guinness Book, evidências de vídeo da performance de Silver mostram que ele fez intervalos de até 2 minutos entre as músicas, embora as regras claramente afirmam que, para a tentativa ser válida, os artistas só têm intervalos de 30 segundos. Enquanto Carlos Silver não nega que às vezes ele fez um intervalo um pouco mais longo, ele afirma que também pulava de uma música para outra instantaneamente, o que deveria compensar o intervalo prolongado ocasional.

“Eu dei ao Guinness um acréscimo de 6.420 segundos, e eles tiraram meu recorde por demorar 30 segundos a mais entre algumas músicas”, disse Silver decepcionado em uma entrevista, referindo-se ao número de segundos que ele bateu o recorde de Waghmare. Ele acrescentou que os oficiais do Guinness eram muito metódicos e que deveriam entender que ele é humano, não um andróide.

O cantor dominicano apareceu recentemente no canal de TV Canal9 do país com um tubo de oxigênio no nariz e agradeceu a todos que compareceram ao parque Eugenio María de Hostos, em Santo Domingo, para vê-lo se apresentar. Ele alegou que não precisa de um certificado em papel do Guinness, já que o grande coração do povo dominicano é bom o suficiente para ele. Ainda assim, ele não planeja deixar o Guinness fora do gancho tão facilmente.

“Eu vou processá-los, mesmo que tenha que ir a um tribunal internacional, porque a evidência está lá”, disse CostaVerdeDR, citando Silver. “Eu quero que eles revisem a tentativa amigavelmente, porque eu paguei um milhão e meio de pesos (R$ 115.000) para trazê-los para cá.” [OddityCentral]