Imagine a seguinte situação: você tem um hobbie favorito e, em um belo dia, acaba descobrindo através desse hobbie algo extremamente importante para história: um verdadeiro tesouro! Parece uma cena de filmes do Indiana Jones, não é mesmo?

Bem, mas na verdade foi questão de sorte mesmo: isso aconteceu com um homem chamado Ole Ginnerup Schytz que decidiu dar um novo passo em seu meio de entretenimento: como entusiasta da arqueologia, ele comprou um detector de metais e acabou se surpreendendo com o que o aparelho detectou.
Ao usar o equipamento pela primeira vez ele acabou encontrando um dos maiores tesouros de seu país, e de crucial importância histórica.
O homem conta que estava na companhia de seu ex-colega de classe em Vindelev, na Dinamarca, quando decidiu explorar a região. Sem muitas expectativas, ele se surpreendeu quando seu detector começou a apitar repentinamente.

Ele afirma que pensou que se tratava de algum pedaço de metal ou lata sem importância e, quando cavou o solo, acabou encontrando um pedaço de metal. Ele continuou e conseguiu reunir 22 peças preciosas de ouro que, ao todo, pesavam cerca de 1 kg!
Ole acionou arqueólogos para saber do que se tratavam aquelas peças e, segundo os profissionais, o tesouro encontrado por ele havia sido enterrado em meados do século 6 sob uma antiga construção de um chefe de clã. Os dinamarqueses tinham o hábito de enterrar tesouros e essas 22 peças encontradas por Ole tinham runas, um dos alfabetos mais antigos do mundo, e muitos outros símbolos importantes para os dinamarqueses do passado.
As peças foram classificadas como medalhões bracteatas e muitas delas tinham imagens do deus nórdico Odin e do Imperador romano Constantino, do século 4. Estima-se que essas peças eram usadas por mulheres que pediam proteção.

A região onde o achado surgiu é conhecida por por ter abrigado grandes líderes vikings que governaram na Europa entre os séculos 10 e 12 porém não se sabe muito sobre eles até os dias de hoje. Segundo o pesquisador Peter Vang Petersen, do Museu Nacional da Dinamarca, esse tesouro é de extrema importância para o estudo do período pré-vikings, que ocorreu no final da Idade do Ferro.
Os escandinavos eram muito eficientes ao absorver símbolos de outras culturas e transformá-los naquilo que lhes conviesse para que seus objetivos fossem atingidos. Ainda sobre o achado a respeito da imagem de Constantino, os pesquisadores acreditam que a região teria sido um ponto comercial de extrema importância, ligado ao Império Romano.

Incrível, não é mesmo?
E o autor da descoberta não poderia estar mais feliz: ele com certeza irá usar o seu aparelho mais vezes em suas próximas expedições!
[CNN]