Quando Becky Crandley, de 30 anos, começou a receber telefonemas e e-mails sobre o comportamento desrespeitoso de seu filho Harley na escola Sittingbourne em Kent, no sudeste da Inglaterra, decidiu tomar uma atitude.
Mãe de cinco filhos, Becky estava determinada a enfrentar o problema de frente e teve uma solução única: acompanhar a aula de matemática de Harley e sentar-se ao lado dele.
Segundo Becky, seu filho de 12 anos não é uma criança má, mas a atitude desrespeitosa e a indiferença com os professores estavam se tornando um problema. Apesar de ser inteligente, Harley parecia mais interessado em se enturmar com seus colegas do que se concentrar nos estudos. Becky explicou: “É frustrante porque ele é inteligente, mas está deixando isso de lado para se encaixar”.
Harley não tinha ideia de que sua mãe planejava surpreendê-lo ao participar de sua aula de matemática. Quando Becky entrou pela porta, o rosto do menino ficou vermelho de constrangimento. Seu nome já estava escrito no quadro branco por ter interrompido a aula. Mas, apesar do susto inicial, Harley continuou com seu trabalho, e Becky acredita que sua presença causou um impacto duradouro em seu comportamento.
Durante o tempo juntos na sala de aula, Becky fez questão de conversar com seu filho sobre o motivo de sua presença. Ela disse a ele: “É por causa do seu comportamento e do desrespeito que você demonstra aos seus professores”.
Ela o incentivou a fazer seu trabalho e seguir as instruções, e ele fez exatamente como foi orientado. Para Becky, sua abordagem pouco ortodoxa foi necessária para lidar com o problema, e ela acredita que Harley pensará duas vezes antes de desrespeitar seus professores novamente.
Depois de compartilhar sua experiência com outras pessoas, Becky recebeu diversos comentários positivos e mensagens de apoio de outros pais. Ela enfatiza que suas ações não foram para envergonhar seu filho, mas sim para mostrar aos outros pais que eles podem tomar uma atitude e fazer a diferença na vida de seus filhos.
“Não se trata de envergonhar meu filho, é sobre fazer o que é certo e dizer aos outros pais que eles podem se posicionar e fazer a diferença”, disse ela. “Muitos pais culpam os professores, e não são eles. Se meu filho arruinar a educação dele agora, já arruinou o futuro, e eu não vou permitir isso.”
Becky também elogiou a escola Sittingbourne por permitir que ela participasse da aula e sugeriu que a escola considere implementar intervenções semelhantes para outros alunos no futuro.